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Os Loucos deste mundo.


Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes;
e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; I Coríntios 1:27-28

De repente parei perplexo no meio da avenida e fiquei olhando para o mundo. Cheio de perturbações, aflições e maus pensamentos, chateado e sem direção. Desviei o meu olhar do correto e me virei para as paixões terrenas. Por uns dois minutos vaguei perdido no pensamento no tempo e no espaço, no calor insuportável de quarenta graus naquela avenida.
Surge uma voz, uma gritaria do outro lado da avenida que dizia assim: Ei Você aí meio perdido neste sol, você é especial para Deus. Olhe para o alto, olhe para o alto, sua vitória vem de cima, tire isso de seu coração.
Perplexo e fingindo que não era comigo, dei uma olhada em volta para ver se tinha outra pessoa do meu lado. Torcendo que aquele grito e aquelas palavras não fossem dirigidas para mim.
Resmunguei: Eu Hem! Parece louco.. Como pode ficar gritando assim, o que as pessoas vão pensar?
Meu homem interior pedia, implorava que eu escutasse atentamente aquele “ Louco”. Ele continuava do outro lado da avenida com os gritos mais alto ainda: Ei você!  tira isso de seu coração! Olhe para o alto!  Deus te ama! Você é especial! É do alto que virá sua vitória! Olhe para cima.
As pessoas perplexas e apressadas olhavam aquele “louco” aos berros em um diálogo não correspondido.
Eu até queria passar e ir ao seu encontro,  mais uma eternidade de carros impossibilitava a nossa comunicação. De repente param os carros e eu atravessei aquela avenida em direção daquele “ Louco”
Aproximei dele, e ele de camisa social fechada até o pescoço, com os botões  nas casas erradas, todo sorridente com a boca faltando dentes conclui sua mensagem. Meu homem exterior murmurava dizendo: Será que ele pensa que eu sou surdo? Todavia a minha alma bem sabia que palavras eram aquelas proferidas por aquele servo de Deus bem louco. Eu me rendi, reconhecendo que por trás daquele aparente “louco” estava um homem cheio do Espirito Santo, cheio de sabedoria divina, deixando um recado para um sujeito desajustado e carnal.
Como pode Deus usar alguém assim? Eu pensava que a sabedoria do mundo, a teologia, a filosofia resolvia a questão. Percebi que o louco desta história era eu por não querer ouvi-lo de imediato. Deus é assim mesmo, usa quem quer na hora que quer. Seja louco, seja jumento ou, na falta dos dois, as “pedras”
Eu não posso negar que faço parte deste bando de crentes loucos. Amo tudo isso, pois o Eterno me amou primeiro me resgatando trazendo para o meio deles. Amo a loucura daquele livro que os “loucos” andam debaixo de seus braços.

Por Josiel Dias

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