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A internet é a mais nova frente de batalha para Israel

Israel diz que “guerra já começou no ciberespaço”
Os rumores de uma possível guerra de Israel contra Irã por conta da construção de armas nucleares são crescentes. Semana passada um dos líderes do projeto atômico iraniano foi morto em um atentado e imediatamente o serviço secreto de israelense foi culpado.

Porém, a internet é que se transformou na última frente de batalha de Israel. Desde o início deste ano o país vem sofrendo uma série de ataques de hackers.

O site da bolsa de valores de Tel Aviv (Tase), chegou a ser invadido, mas as operações não foram prejudicadas. Também há relatos de invasão do site oficial dos Serviços de Incêndio e Resgate israelenses, feito pelo grupo “Equipe de Hackers de Gaza”. Além de mudarem a cor da página, deixaram uma mensagem: “Hackeamos seu site e continuaremos até que vocês sofram”.

O site da empresa aérea estatal El Al saiu do ar esta semana, mas os executivos da companhia não confirmaram que tenha sido em função de ataques de hackers.

Esses ataques, ainda que sem grandes consequências, estão preocupando o governo, fabricantes de computadores e as empresas privadas do país. Por isso, as Forças Armadas israelenses já reforçaram suas unidades cibernéticas para uma possível guerra em um futuro próximo. Recentemente, as Forças de Defesa de Israel recrutaram cerca de 300 jovens para enfrentar esses tipos de ataque.

O Exército israelense tem unidades de elite formadas por especialistas em informática que lutarão pela segurança nacional. Continuamente busca organizar, coordenar e reforçar as medidas necessárias para aumentar a segurança na rede, além de criar novos softwares juntamente com as melhores empresas de tecnologia do mundo.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Dani Ayalon, teve sua página oficial hackeada. Um dos motivos para isso foram as suas duras declarações, quando advertiu que Israel “responderá com força aos hackers que danificarem a ‘cyber soberania’ israelense”.

“O ciberespaço parece ser o novo campo de batalha e nossos oponentes também não serão capazes de vencer nesse plano”, afirmou o vice-ministro em um comunicado.

Outro capítulo dessa história se desenrolou quando um grupo hacker da Arábia Saudita chamado “Group-XP” roubou e publicou dados de milhares de cartões de crédito israelenses registrados no banco de dados de um popular site de esportes israelense. Juntamente com os números dos cartões, foram divulgados os códigos de segurança, endereços pessoais, nomes, números de telefone e de documentos de identidade dos proprietários.

Poucos dias depois, o hacker israelense Omer Cohen revidou, publicando na internet informações pessoais e detalhes de cartões de crédito de centenas de sauditas.

Gabriel Weimann, professor da Universidade de Haifa e que supervisiona o uso da internet pelos países inimigos de Israel, adverte que os hackers não são o maior problema. As organizações armadas estão se concentrando no uso das redes sociais. Para ele, através de perfis falsos do Facebook a milícia xiita Hezbollah, sediada no Líbano, está obtendo dados sobre os jovens israelenses que prestam serviço militar.

Com informações Reuters e EFE
Gospel Prime

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