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Máquina de camisinhas: Deputados evangélicos cobram explicações de Fernando Haddad

Entre os questionamentos está a faixa etária dos alunos que teriam acesso à essa máquina e se os pais foram consultados
Na manhã desta terça-feira, 18, os deputados evangélicos João Campos (PSDB-GO) e Paulo Freire (PR-SP) protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Educação Fernando Haddad para que ele explique quais os objetivos de entregar preservativos nas escolas públicas.

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica quer que o ministro responda ao requerimento encaminhado a ele em 14 de setembro de 2010, que apesar da Constituição brasileira dar 30 dias para que a resposta seja dada até o momento ele não se pronunciou.

Os deputados querem respostas sobre as maquinas de preservativos que serão instaladas nas escolas públicas. Entre as perguntas estão dúvidas referentes a faixa etária dos alunos que terão acesso às camisinhas, se haverá consulta aos pais e qual seria o real objetivo do governo em promover esse programa.

Essa não é a primeira vez que um projeto de Haddad incomoda a bancada evangélica, no ano passado os parlamentares se uniram contra a distribuição de um kit contra a homofobia, apelidado de “kit gay” as cartilhas e os vídeos induziam as crianças, na percepção dos parlamentares mais conservadores, a terem relações homossexuais. A pressão foi feita e a presidentes Dilma Rousseff suspendeu a distribuição do material.

Entenda o projeto
O projeto do Ministério da Educação é colocar uma máquina de preservativos nas escolas públicas de ensino médio para conscientizar os adolescentes sobre o sexo seguro. Esse programa faz parte do Programa Nacional de DST e Aids que tem como objetivo diminuir os números crescentes de doenças sexualmente transmissíveis entre os adolescentes.

Mas a polêmica não foi levantada só por evangélicos, estudantes, pais e até mesmo educadores já debateram se é válido colocar uma máquina de camisinhas à disposição dos alunos. Mas o Ministério da Saúde e a Unicef defendem o projeto dizendo que jovens entre 13 e 19 anos têm uma vida sexualmente ativa, mas encontram dificuldades para terem acesso aos preservativos.

“Neste local [escola], onde eles estão juntos em turmas de amigos, ter este acesso de maneira, sem preconceito, sem discriminação, com facilitação, acho que é o nosso papel” disse na época o coordenador do Programa DST Aids, do Ministério da Saúde, Dirceu Grecco.

Com informações Estadão
Gospel Prime

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