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Corrupção em Brasília denunciada por Veja aponta advogada filha de pastor

A advogada Christiane Oliveira, destaque de capa da revista Veja desta semana, pode ter suas relações e influência junto a políticos de alto escalão em Brasília facilitadas por seu pai, o pastor Eloi de Oilveira, líder do Tabernáculo do Deus Vivo.
O pastor teria sido responsável por conseguir um cargo para sua filha no gabinete do deputado João Caldas, e a teria encarregado de aproximar pastores evangélicos à campanha de Dilma Rousseff para Presidência.

O nome de Christiane está em destaque na mídia devido a sua acusação contra o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), José Antonio Dias Toffoli, de agirem para conseguir acesso ao acervo de gravações de Durval Barbosa.  Os documentos do ex-secretário de Relações Institucionais do DF comprometeriam autoridades e adversários políticos do PT. A advogada estaria sendo usada como elo de ligação entre Durval e os ministros.

O pastor Oliveira, um proeminente líder religioso, prega por todo o país cobrando cachê de R$ 2 mil e teria ganhado fama de “profeta”, segundo a revista Exame.

Seu envolvimento na política é antigo. Ele tinha estreitas relações com o atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, além de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do DF, o operador do esquema de corrupção chamado Mensalão do DEM em Brasília.
Além desses, outros políticos importantes faziam parte de suas relações, entre eles o ex-presidente Fernando Collor, o ex-ministro Adir Jatene, e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela.

Sua aproximação com Durval Barbosa foi durante o período que trabalhou na administração do Distrito Federal. Tempos depois, se envolveu com outra figura pública proeminente: chefe da Advocacia-Geral da União, Antonio Dias Toffoli.

Seu nome foi principalmente veiculado à política quando usou de sua influência junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal para direcionar as investigações que derrubariam o então governador José Roberto Arruda. A queda de Arruda era do interesse político de seu antigo conhecido, Durval.

Por meio de sua proximidade com o ministro Gilberto Carvalho, Oliveira fez jogo de influência para que o então procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, fosse reconduzido ao cargo.

Agora o ministro Gilberto Carvalho terá que fornecer explicações a respeito de seu envolvimento com a advogada Christiane de Oliveira e se realmente usou da influência da advogada para conseguir material do acervo de gravações de Durval Barbosa.

O líder da bancada do PPS, Rubens Bueno (PR) diz que o ministro deve explicações ao Congresso. “Se o Gilberto Carvalho sabia da existência dos vídeos gravados por Durval Barbosa, deveria denunciá-lo à Justiça e não tirar proveito da situação. Ele deveria ter agido em defesa do interesse público e da transparência", disse Bueno.

Na avaliação do deputado, se as declarações feitas por Christiane à Polícia Federal forem verdadeiras, o ministro Gilberto Carvalho também precisa ser investigado.

Informações Christian Post

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