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Cristãos perseguindo cristãos (Parte 2)

Rituais e diferentes formas de culto podem cegar-nos e subjugar-nos. Uma pessoa que gritasse “Aleluia” em certas igrejas certamente seria deixada de lado. Isto aconteceu recentemente no povoado onde minha esposa nasceu.

A igreja estava condicionada: era costume seguir um programa fixo no culto: primeiro um Salmo depois um hino, a leitura dos Dez Mandamentos, uma pequena oração, um sermão de mais ou menos vinte minutos, outro hino e a oração final... e, naturalmente, a coleta.

Mas naquele domingo foi diferente. A liturgia foi a mesma, mas o pastor era outro. Ele escolheu hinos lindos e seu sermão foi cheio de fogo. A congregação não estava acostumada com aquele tipo de pregação e o resultado foi que todos a ouviram atentamente.

Até as crianças aguçaram seus ouvidos: foi simplesmente revolucionário, mas não perturbou o conselho da igreja.

O tumulto ocorreu logo depois que o pastor pronunciou o “Amém!”. Um homem levantou-se no meio da igreja, olhou para o seu pastor e repentinamente gritou: “Aleluia”!. A consternação seguiu-se. Todo o mundo olhou indignado para o homem.

O que havia de errado com o irmão para perturbar assim o trabalho? O homem olhou para os lados perplexo. Teria feito alguma coisa errada? Ia sentar-se quando dois presbíteros se levantaram de seus lugares e saíram a passos largos em direção ao “irmão-aleluia”, arrancaram-no do banco e levaram-no para o gabinete pastoral.

O pastor não demonstrou nenhuma reação. Impetrou a bênção e seguiu os presbíteros até o gabinete. O pobre irmão foi repreendido; e não houve muita coisa que o pastor pudesse fazer.

Naquela manhã todos discutiram sobre o incidente. Esqueceram bem depressa do sermão.

Olhem além de sua própria igreja

Não há muita esperança para uma igreja quando um mero incidente como esse levanta um tumulto. Tudo o que resta é uma forma legalista de religião sem nenhuma vida. Se um espontâneo grito de fé, cheio de alegria, é rapidamente reprimido, então nos temos desviado muito dos padrões biblicos.

Devemos aprender novamente a ganhar a fé espontânea em nossas igrejas-não de uma forma desordenada, mas de acordo com a bíblia. É pior ainda quando uma boa mensagem bíblica é vista como um perigo. Um pregador é frequentemente perseguido e expulso se não segue à risca os estatutos da igreja.

Discórdias se levantam logo que os dons do Espírito são pregados. Quantos trabalhos evangelísticos ou missionários são julgados por não se originarem de “nossa igreja”! . Ao invés de sermos gratos pelo maravilhoso trabalho realizado por muitas organizações interdenominacionais, levantamos oposição e crítica.

Precisamos ver além de nossa própria igreja e estar interessados no reino de Deus. Devemos dar nossas mãos, em comunhão uns com os outros, em vez de brigarmos. Em lugar de perseguirmos uns aos outros, deveríamos estar lutando contra nossos inimigos comuns: os poderes das trevas.

Temos de aprender a nos preparar para a perseguição, desaprendendo a perseguir uns crentes aos outros crentes. Só assim haverá esperança para igreja e para a Nação: “Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”, Fp 2:3-4.

Continua....
Extraído do livro.
Quando vier a perseguição.
CPAD

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