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Judeus ultra-ortodoxos lançam “óculos anti-pecado”

Visão embaçada impediria a cobiça 
da mulher “do próximo”
Os judeus ultra-ortodoxos são conhecidos por seu apego aos mandamentos bíblicos. Por isso, evitam o contato com o sexo oposto a todo custo.

Agora, eles estão lançando uma espécie de “óculos anti-pecado”, que borra a visão dos homens para que não consigam ver as mulheres que estão vestidas “sem recato”.

Este é mais um esforço para manter seu estilo de vida devotado. Os ultra-ortodoxos já pedem que seus seguidores evitem estar no mesmo espaço com as mulheres que não sejam de sua família. Existe separação nos ônibus, calçadas e outros espaços públicos em seus bairros.

Afinal, segundo a sua interpretação da lei judaica, é proibido o contato entre homens e mulheres que não são casados.

Nas regiões onde eles são maioria é comum encontrar-se placas e sinais exortando as mulheres a usarem gola alta, blusas de mangas compridas e saias longas. Há, inclusive, um histórico de agressões de extremistas contra as mulheres que eles acreditam ter desrespeitado o código.

As “Comitês de pureza” não oficiais, que existem dentro da comunidade ultra-ortodoxa de Jerusalém (e outras cidades), estão vendendo pelo equivalente a 32 euros (R$ 80), óculos “especiais” que são cobertos por um adesivos que desfoca as imagens.

Quem os utiliza consegue ver claramente o que está a poucos metros e por isso não impede a locomoção. Porém, faz com que seja quase impossível se perceber o que está a alguns metros, incluindo as mulheres.

De acordo com um relatório do Maariv, o produto vem acompanhado de uma mensagem de encorajamento, assegurando aos clientes que eles podem estar orgulhosos de sua decisão de manter a pureza ao utilizar os óculos em público.

Para os homens obrigados a se aventurar fora de suas comunidades ortodoxas, existe uma espécie de lenço colocado sobre a cabeça, que se estendem sobre os olhos, provendo proteção adicional contra a concupiscência. Não se sabe quantos óculos e lenços foram vendidos, mas o jornal Times of Israel diz que parece haver uma grande demanda pelos produtos.

Traduzido de News Yahoo e Times of Israel
Gospel Prime

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