As autoridades federais identificaram o egípcio cristão no sul da Califórnia como o cineasta realizador do filme anti-muçulmano que provocou os ataques nas embaixadas americanas no Oriente Médio.
Segundo a AP, as autoridades concluíram que Nakoula Basseley Nakoula, 55, foi quem esteve por trás da produção do filme “Inocência dos Muçulmanos”.
Nakoula, que está atualmente em liberdade condicional depois de sua condenação por crimes financeiros, aparentemente usou uma série de pseudônimos nas suas relações com as pessoas que participaram da produção.
Segundo os relatos, Nakoula esteve conectado com a pessoa Sam Bacile, um homem que inicialmente se identificou como o escritor e diretor do filme à AP. Entretanto, acredita-se que Sam Bacile foi uma identidade falsa.
Bacile disse inicialmente à publicação que ele era judeu e israelenses, mas as autoridades israelenses afirmaram não ter encontrado registros de tal cidadão. Outros envolvidos também confirmaram que suas declarações foram inventadas.
Documentos judiciais federais contra Nakoula, em um processo criminoso em 2010, mostram que ele usou numerosos pseudôminos, como Nicola Bacily, Bacily Robert, Salameh Erwin entre outros.
Em entrevista com a AP, Nakoula negou que ele era Bacile e disse que ele não dirigiu o filme, mas confirmou que o conhece. Durante a conversa, Nakoula mostrou sua licença de motorista, porém tampando com o dedo o nome do meio, Basseley. Conexões entre Basseley e Bacile foram posteriormente encontradas pela publicação.
Um outro envolvido na produção, Steve Klein, vendedor de seguros, afirmou que uma pessoa que se identificou como Sam disse que tinha a intenção de fazer com que os muçulmanos extremistas parassem de matar.
Paul Audley, o presidente da FilmL.A. Inc., uma organização sem fins lucrativos que coordena permissões para filmagens para filmes de entretenimento, disse que uma permissão foi emitida para um filme com o nome de “Guerreiros do Deserto” em agosto de 2011, com o nome Sam Bossil listado como produtor.
Novamente, o nome é semelhante com o nome do meio de Nakoula, Basseley, aumentando ainda mais as possibilidades de ter sido ele próprio.
O polêmico pastor Terry Jones, da Flórida, que causou indignação e ataques no mundo árabe depois da queima do Alcorão em 11 de setembro de 2011, disse que falou com o diretor do filme por telefone na quarta-feira. Jones afirmou que o homem o contactou para promover o filme. Jones e outros que tiveram contato com o cineasta, disseram que Bacile esteve escondendo sua verdadeira identidade.
CP
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