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Carnaval 2013 no Brasil foi marcado por mortes de crianças e adultos, motoristas embriagados, muito lixo e violência

A “festa da carne”, termo preferido de muitos para se referir ao carnaval, terminou com um saldo de mortes, confusões, sujeira e prisões, seja por casos de violência, seja por blitz da lei seca.

Em Salvador, um homem faleceu ontem, 12 de fevereiro, após receber uma descarga de alta tensão enquanto trabalhava na manutenção do trio elétrico Me Abraça, que era puxado pela banda de axé Asa de Águia. Erisvaldo Max de Carvalho, 23 anos, caiu de cima do trio devido à descarga, por volta das 9h00, na avenida Ademar de Barros, segundo informações da Folha de S. Paulo.

A polícia baiana recapturou um fugitivo enquanto ele curtia a folia de carnaval. O rapaz, que havia deixado um bilhete zombando da segurança na cadeia em Brumado, interior do estado, foi reconhecido por policiais que faziam a segurança da festa e encaminhado novamente ao Distrito Policial, de acordo com o G1.

Já no Rio de Janeiro, brigas deixaram um morto e cinco feridos no Estado. Em Bento Ribeiro, o jovem Danilo Costa Almeida morreu com um tiro durante uma confusão, em que outros três foram baleados, mas sobreviveram. As demais vítimas foram registradas em Nilópolis, onde outras duas pessoas foram baleadas após uma briga que começou durante uma brincadeira de bate-bolas, tradição do subúrbio carioca onde grupos vestem máscaras e saem nas ruas assustando as pessoas.

Além das mortes, chamou atenção o fato de que as blitz da lei seca no Rio de Janeiro resultaram na apreensão de mais de cem carteiras de habilitação por direção sob efeito de álcool.

Os atendimentos médicos a pessoas que tiveram algum mal estar na Marquês de Sapucaí chegaram a dois mil. Os principais sintomas relatados foram dores de cabeça e desidratação. O sambódromo do Rio também atraiu atenção dos jornais pela quantidade de lixo produzida: a prefeitura carioca recolheu aproximadamente 330 toneladas de dejetos, contra 300 toneladas de lixo produzidas pelos foliões nas ruas da cidade.

Em São Paulo, a quantidade de pessoas flagradas pelas fiscalizações da lei seca somaram 43. A polícia utilizou um equipamento que além de detectar o uso de álcool, também acusava o uso de entorpecentes, como cocaína e maconha, por exemplo.

Em Santos, no litoral paulista, um carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem, ligada à torcida organizada do Santos F. C., pegou fogo e o incidente resultou na morte pelo menos quatro pessoas. Ao menos outras seis pessoas ficaram feridas e foram socorridas a hospitais da região.

Lucas Medeiros, um menino de oito anos de idade que estava em cima do carro alegórico, disse ao G1 que o número de mortos poderia ser maior caso as crianças não tivessem sido retiradas do veículo: “Achei que tinha estourado um pneu. O carro tremeu bastante. Na saída, todos nós estávamos cansados e conseguimos descer juntos, mas era para termos descido depois. Eu fiquei paralisado quando vi o incêndio. Foi a primeira vez que desfilei, mas, mesmo com o susto, pretendo continuar. Eu senti que Deus me protegeu”.

Em Sergipe, duas crianças de 10 e 11 anos foram mortas por atropelamento. Um trio elétrico desgovernado na festa popular da cidade de Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana da capital Aracaju, foi a causa da morte das crianças. Outras pessoas também ficaram feridas, porém a polícia local não soube precisar quantas foram.

No Distrito Federal não foram registrados grandes incidentes, mas chamou a atenção a quantidade de lixo deixada nas ruas da capital federal. Garis se mobilizaram em equipes para recolher os restos da festa que foram deixados nos principais pontos turísticos da cidade.

Por Tiago Chagas
Gospel + 

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