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Conselhos regionais de medicina se manifestam contra aprovação do aborto

O deputado Roberto de Lucena se comprometeu em receber esses conselhos para dar voz para as duas propostas relacionadas ao tema.

Enquanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende a legalização do aborto para gestações de até 12 semanas, alguns conselhos regionais se opõem a tal proposta se baseando em razões científicas que atestam que a vida começa na concepção.

Quem ampliou a voz dos conselhos que são contra o aborto antes dos três meses de gravidez foi o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) que expôs a falta de consenso entre a categoria médica quando o assunto é a interrupção da gravidez.

“Um terço dos conselheiros discordou da decisão do CFM. Em outras palavras, o documento pró-aborto do Conselho Federal de Medicina não é matéria de consenso entre os 27 conselhos regionais de medicina do Brasil. O CFM não tem o apoio da categoria”, disse o deputado.

Entre os conselhos que são contra a proposta do CFM temos os conselhos regionais de Minas Gerais (CRM-MG), Goiás (CREMEGO), Paraná (CRM-PR) e do Maranhão (CRM-MA) que divulgaram uma nota de oposição.

O presidente do conselho de medicina de Minas Gerais, João Batista Soares, citou que há razões científicas que aprovam que “a partir do momento em que o óvulo é fecundado, já começa a existir um ser” e que portanto aprovar o aborto dentro dessas 12 primeiras semanas seria um atentado à vida.

“O doutor João Batista Soares foi taxativo ao dizer que a primeira tarefa da medicina é a defesa da vida e que um feto com 10, 12 ou 20 semanas é uma vida de qualquer maneira. Os médicos pró-vida do Brasil precisam ser ouvidos na Câmara Federal”, comentou Lucena.

Quem também falou sobre o assunto foi o do presidente do conselho de medicina de Goiás, Salomão Rodrigues Filho, que teme que o aborto seja legalizado e passe a ser usado como método contraceptivo.

A proposta da CFM é enviar uma alteração para o Código Penal Brasileiro para que a interrupção da gravidez dentro dessas 12 semanas não seja considerada crime, deixando à mulher o poder de escolher continuar ou não com a gravidez.

GP

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