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Católicos e evangélicos celebram o Natal na cracolândia de SP

Apresentação de peça teatral e coral foram uma das atrações que alegraram o dia de quem vive pelas ruas da capital paulista

Os moradores de rua da região da cracolândia, Centro de São Paulo, tiveram um Natal diferente promovido por católicos e membros da Primeira Igreja Batista de São Paulo.


A maioria desses moradores de rua são dependentes químicos que deixaram suas famílias por conta das drogas. Os religiosos resolveram aproveitar a data festiva para presenteá-los com momentos de alegria e ajuda social.

Os fiéis católicos fizeram um auto de Natal e presentearam o presépio do nascimento de Jesus. O padre João Pedro Carraro, coordenador da Missão Belém, foi quem organizou o auto, ele explica que o trabalho da Missão já ajudou centenas de pessoas a saírem desta situação.

“São 15 a 20 pessoas por dia que vão para as nossas casas. Eu posso dizer que 70% se salvou, conseguiu sair da rua”, afirmou.

O padre Julio Lancelotti celebrou uma cerimônia ecumênica e em seguida os fiéis distribuíram lanches, suco e panetone aos moradores locais.

Lancelotti aproveitou o momento para discutir o problema do narcotráfico. “Não há solução mágica e imediatista. Assim como as pessoas não vivem em pedaços, não podem ser tratadas em pedaços, com uma ou outra ação. O Brasil tem que combater com clareza e firmeza o narcotráfico e não as pessoas que são vítimas dele”, disse.

A PIB por sua vez organizou a apresentação do Coral da Cristolândia, igreja localizada na cracolândia que ajuda no tratamento de dependentes químicos além de oferecer roupas e alimentos diariamente para os moradores de rua.

O coral é formado por ex-dependentes químicos que foram apoiados pelo projeto Cristolândia e conseguiram se reerguer na vida. Para o missionário Gérson Machado, organizador do evento, o ato religioso no dia de Natal é muito importante para levar a mensagem de esperança para os moradores da cracolândia.

“É um dia especial porque para eles é um dia de reflexão, a gente quer trazer esperança para eles, no coração de cada um deles, esperança de um dia melhor, de sair das ruas, das drogas e se restabelecer à sociedade e sua família”, disse ele ao Jornal Nacional.

Assista reportagem do Jornal Nacional:

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