Meriam Yahia Ibrahim foi presa em fevereiro, sendo que está grávida de seu segundo filho
Em pleno Dia das Mães, uma mãe cristã no Sudão (nordeste da África), grávida de seu segundo filho, foi condenada a receber cem chibatadas até a morte por estar envolvida com adultério e quebra de votos de fé muçulmana, religião predominante no país.
Meriam Yahia Ibrahim recebeu a condenação no último dia 11 de maio, dia em que vários países celebram o dia das mães. A mulher de 27 anos foi sentenciada através de uma ordem judicial pública dada pelo juiz El Haj Yousif, em Cartum, capital sudanesa.
Gerente regional do grupo cristão International Christian Concern (ICC), William Stark teme que ações radicalistas como esta se estendam por todo o Sudão, sob o regime de "islamização e arabização do passado" do presidente Omar Al-Bashir.
O ICC informa que a mulher foi criada como cristã ortodoxa e que se casou com Daniel Wani, um cristão do Sudão do Sul, país independente do Sudão desde 2011. E como ela nasceu no Sudão, ainda é considerada oficialmente muçulmana, o que torna seu casamento ilegal no sistema judicial de seu país.
Meriam foi obrigada a se separar de Wani e está presa em uma cadeia federal feminina, desde o dia 17 de fevereiro, junto com seu primeiro filho, de 1 ano e 8 meses. Sua sentença está prevista para ser aplicada logo que seu segundo filho nascer.
Com o Sudão cada vez mais voltado em implementar suas leis radicais, agências de ajuda humanitária tem ajudado cristãos a fugirem do país com segurança. Em 2013, um grupo conhecido como Barnabas Fund (Fundo Barnabé) conseguiu trazer 8 mil cristãos para o Sudão do Sul.
A Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional também tem trabalhado fortemente contra o governo do presidente Al-Bashir, por conta de "violações sistemáticas, contínuas e flagrantes de liberdade de religião ou crença".
Christian Post
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