Organizado, o movimento Eu Escolhi Esperar possui produtos como camisas, pulseiras, colares e outros tipos de souvenirs.
Esperar ser atendido, esperar em um sinal de trânsito, por uma consulta, esperar para reencontrar um amigo, familiar ou pessoa querida… A espera em geral é associada à perda de tempo, a minutos que parecem horas, a horas que parecem dias.
Gera impaciência e incomoda. No entanto, para algumas pessoas, em especial jovens, comumente vistos como impacientes e apressados, esperar é, mais que uma alternativa, uma escolha.
Assim pensam e vivem os membros do movimento Eu Escolhi Esperar, que preferem seguir a Bíblia e somente ter relacionamentos sérios e relações sexuais após o casamento.
O movimento, criado em Vitória-ES, já conta com milhares de entusiastas e seguidores no país inteiro e ganhou maior visibilidade nos últimos dias, quando o zagueiro David Luiz, grande nome da seleção brasileira na Copa 2014, disse também ter escolhido esperar, junto com sua namorada portuguesa Sara Almeida, indicativo de que a iniciativa está ganhando adeptos pelo mundo.
Em Belém, o movimento também vem ganhando força, em especial entre os jovens, principal público alvo da campanha. A estudante universitária Tamires Coutinho, 18 anos, é uma das seguidoras. Segundo a jovem, que é líder de uma célula religiosa da Igreja Quadrangular, a iniciativa remete à história bíblica de Isaque e Rebeca, escolhida por Deus para ser a esposa de Isaque.
O movimento também se baseia em Tessalonicenses 4, 3: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição” e “que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra”.
Ainda de acordo com os seguidores do movimento, as pessoas estão começando suas experiências sexuais cada vez mais cedo e também “se iludindo” com relacionamentos, o que geram crises e problemas que ultrapassam a barreira dos relacionamentos “amorosos”.
O movimento une temas polêmicos, como a utilização do corpo, prazer, sexo, virgindade e expectativa sobre relacionamentos sérios, além da crença religiosa. Para os seguidores do movimento, no entanto, as polêmicas não parecem preocupar. Segundo Tamires, “não temos preconceito contra quem não segue o movimento e esperamos que nos respeitem também”, destacou.
Religião e organização
Longe de ser uma campanha pequena e aleatória, a organização do movimento impressiona: há site oficial, perfis em redes sociais, diversos souvenirs à venda e um cronograma nacional de eventos que visam apresentar e discutir os princípios do movimento. Belém não está de fora deste calendário.
Pela segunda vez, o “Eu Escolhi Esperar” será realizado na capital paraense. Segundo Carlos Eduardo Cabral, organizador do evento, em 2014 o encontro contou com a presença de cerca de dois mil jovens, de diversas igrejas evangélicas.
O movimento, no entanto, não é específico de alguma igreja e nem pode ser considerado uma seita ou algo do tipo; é um “modo de viver”, esclarece. É ainda Cabral que comenta que o movimento ganhou destaque também por conta das redes sociais via internet: “O twitter foi muito importante para nós, ajudou a reunir e divulgar nossas propostas para muita gente”, afirmou.
O evento Eu Escolhi Esperar Belém será realizado no próximo dia 26 de julho, no Templo Central da Assembleia de Deus. Os ingressos custam R$20,00.
Fonte: DOL
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