Me deixa nascer.

O aborto, de maneira cientificamente indiscutível, é um atentado direto à vida humana, à vida de um ser humano procriado, em gestação e indefeso

As histórias de Jandira Magdalena dos Santos Cruz de 27 anos e Elisângela Barbosa de 32, estamparam a capa dos principais jornais do país. Jandira foi encontrada morta com o corpo carbonizado por quadrilha especializada em matar e descartar corpos de seres humanos. 

Elisângela foi jogada semi morta de um carro e abandonada na porta de um hospital em Niterói, Rio de Janeiro. O que essas mulheres tinham em comum? As duas procuraram clinicas para realizar aborto de seus filhos. Cada qual com seu motivo, mas ambas morreram porque foram matar. A estatística de mortes decorrentes do aborto após estes episódios contabilizou mais dois casos, mas os números nunca mostraram as vítimas deste crime.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia calcula, através dos atendimentos pós procedimento, que por ano 700 mil abortos ocorram no país, mas se considerarmos que 1/3 destes abortos foram praticados por mulheres grávidas de gêmeos, o número de bebês assassinados sobe para mais de 930 mil. 

Eles são descartados, no caso de Elisângela Barbosa que após tomar medicamentos expeliu o bebê e ele foi jogado no lixo. Métodos caseiros, procedimentos dolorosos, há toda a crueldade em se tratando de assassinato de bebês. Esse tipo de relato não é considerado. Mas os métodos existem e são eles:

ENVENENAMENTO SALINO

É feito extraindo o líquido amniótico de dentro da bolsa que protege o bebê e com uma agulha através do abdômen da mãe, injeta-se uma solução salina concentrada. O bebê ingere a solução e após 12 horas morre por envenenamento, desidratação, hemorragia cerebral e de todos os órgãos com graves queimaduras pelo corpo. Horas mais tarde, a mãe dará a luz a um bebê morto ou moribundo, muitas vezes em movimento. Este método é utilizado depois da 16º semana de gestação.

SUCÇÃO

Insere-se um tubo oco com ponta afiada. Uma forte sucção (28 vezes mais forte que o aspirador de pó doméstico) despedaça o corpo do bebê. O abortista logo introduz uma pinça para extrair o crânio que costuma não sair pelo tubo de sucção. 

Algumas vezes partes pequenas do bebê conseguem ser identificadas. Quase 90% dos casos de aborto são realizados desta maneira.

CURETAGEM

Durante o segundo e terceiro trimestre de gestação o bebê já está grande demais para a sucção, então é utilizado uma cureta ou faca proveniente de uma colher afiada na ponta com a qual vai-se cortando o bebê em pedaços com o fim de facilitar sua extração pelo colo da matriz. o método é chamado de dilatação e curetagem. A cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se logo em pedaços com ajuda do fórceps.

NASCIMENTO PARCIAL

O método mais espantoso de todos é conhecido como nascimento parcial. Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de seu nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três dias e guiando-se por ecografia, o abortista introduz algumas pinças e agarra com elas uma perninha, depois a outra, seguida do corpo, até chegar aos ombros e braços do bebê. 

Assim extrai-se parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer, salvo que deixa-se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande demais para ser extraída intacta; o abortista, enterra algumas tesouras na base do crânio do bebê que está vivo, e as abre para ampliar o orifício. Então insere um cateter e extrai o cérebro mediante sucção.

CESÁRIA

Igual a uma cesariana até que se corte o cordão umbilical, o método por operação cesárea deixa que o bebê morra depois do parto.

PROSTAGLANDINAS

A droga Prostaglandinas provoca parto prematuro durante qualquer etapa da gravidez. É usado para levar a cabo o aborto à metade da gravidez e nas últimas etapas deste. Sua principal “complicação” é que o bebê às vezes sai vivo. Também pode causar graves danos à mãe. Recentemente as prostaglandinas foram usadas com a RU- 486 para aumentar a “eficácia” destas. 

Pilula abortiva empregada conjuntamente com uma prostaglandina que é eficiente se for empregada entre a primeira e a terceira semana depois de faltar a primeira menstruação da mãe. Por este motivo é conhecida como a “pílula do dia seguinte”. Age matando de fome o diminuto bebê, privando-o de um elemento vital, o hormônio progesterona.

O aborto é produzido depois de vários dias de dolorosas contrações. Bebês lançados no esgoto, jogados na lixeira, abandonados em terreno baldio, são o descarte de mulheres que tentaram o aborto sozinhas. Parece que instintivamente elas se comunicam, ensinando como descartar uma vida que elas não desejam. 

Nestes casos, muitos são encontrados com vida após dias de abandono, famintos, mordidos por insetos, desidratados, provando que querem viver. Os casos de morte em decorrência de aborto são investigados pelas Delegacias de Homicídio, mas as autoridades jamais direcionaram suas investigações à procura dos corpos das verdadeiras vítimas.

Triste Jandira ter tido os dentes arrancados e seu corpo carbonizado, mas como será que a vida que ela trazia em seu ventre foi assassinada? Por um tubo de ponta afiada sugando seu corpo, por uma colher arrancando suas perninhas, seu crânio foi perfurado por tesouras ou esmagado no útero antes de ser retirado? Ele foi parar numa lixeira ou correu pelo vaso sanitário? Isso nós nunca saberemos, pois esta vítima jamais será investigada. 

O difícil é distinguir os favoráveis à liberação do aborto no país, pois quando morre uma mulher na prática do crime os adeptos protestam com a bandeira de que a proibição afeta a saúde da mulher.

Mas quando o bebê sobrevive e consegue ser encontrado para uma oportunidade de vida, é quase invicto a posição da sociedade quanto à crueldade da mãe que o abandonou. Talvez a diferença esteja nos olhos. Matar o que não se vê não causa revolta.

Fonte: Jornal Nação Brasil -