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O Acre está deixando de ser um Estado laico para ser religioso? Será?

Nesta sexta-feira, 23, comemora-se o Dia do Evangélico no Acre. O feriado foi um projeto do deputado estadual Elder Paiva (PEN) sancionado durante o governo de Binho Marques (PT).

Acho justo, que diante de tantos feriados católicos, os evangélicos também tenham o seu Dia. No entanto, a questão religiosa no Acre está ultrapassando os limites das comemorações e das manifestações naturais de fé.

Nesses dias um amigo precisava retirar um documento urgente da CCPL (área de licitação) da prefeitura de Rio Branco. Já era horário de expediente, mas teve que aguardar os funcionários que “oravam” fervorosamente. E parece que a prática de “orar” espalhou-se por outros órgãos públicos do Estado.

Então fica a pergunta: o lugar de trabalho é adequado para o funcionário manifestar a sua fé, seja ela qual for? Num Estado laico manifestar a religiosidade dentro de uma repartição pública é normal?

Pelas redes sociais me enviaram a foto do Pastor Rodson Souza, ligado ao PSDC, que é o diretor do Hospital HUERB, em Rio Branco, num momento de oração com os funcionários. Será que na estrutura da HUERB quem não professar o evangelismo terá as mesmas oportunidades que os que professam?

Na minha avaliação pode estar acontecendo uma perigosa mistura entre a religiosidade e a “coisa pública”. Isso pode descambar para preconceitos e perseguições típicas de estados fundamentalistas. A religiosidade de cada um, seja qual for, é sagrada. Mas que ela seja exercida nos templos e dentro do espaço intimo de cada um.

AC24horas

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