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Cerca de 4 mil cristãos formam sua própria milícia para combater o Estado Islâmico

Intenção da nova milícia de cristãos é proteger o pouco que resta das cidades e vilas que ainda não foram tomadas pelo grupo terrorista

Os cristãos no Iraque formaram sua própria milícia armada em uma tentativa de recuperar suas cidades de militantes do Estado Islâmico, tomadas no ano passado.

As minorias como cristãos iraquianos, turcomenos, e pessoas adeptas à religião Yazidi têm enfrentado uma perseguição sangrenta nas mãos do grupo terrorista no norte do Iraque.

Milhares de cristãos
fugiram de suas casas em Mosul quando militantes ordenaram que eles se convertessem ao islamismo, pagassem um imposto especial ou fossem condenados à morte, deixando mais de 150 mil deslocados em todo o país.

Agora, cerca de 4 mil homens cristãos estão se juntando a uma nova milícia iraquiana na área de Nínive, em uma tentativa de proteger o pouco que resta das cidades e vilas que ainda não foram tomadas pelo grupo terrorista.

A milícia está sendo financiada pela diáspora assíria em países como Estados Unidos, Austrália e Suécia, de acordo com o Catholic Herald.

Mais treinamento e financiamento
Yonadam Kanna, um parlamentar do partido político Movimento Democrático Assírio (ADM), descreveu o esforço como parte de "uma luta para ter de volta a nossa terra". "É como se as nossas raízes de milhares de anos tivessem sido puxadas para fora do chão", disse.

Sajad Jiyad, um pesquisador sobre política no Iraque e no Oriente Médio, disse que a existência da milícia irá mostrar ao Estado Islâmico que eles não serão capaz de tirar seus territórios sem luta.

Mas ele também ecoou preocupações sobre o efeito que a milícia poderia ter e ressaltou que eles vão precisar de treinamentos e financiamentos. "Os recursos atuais são limitados e eles precisam de treinamento, armas, apoio logístico, cobertura aérea e maior número, em coordenação com o governo federal, para serem capazes de fazer qualquer progresso sustentável", disse Jiyad.

"Com o tempo, essas pequenas milícias podem ser positivas em unir comunidades e apresentar uma posição iraquiana unificada contra o terror de Daesh [nome árabe para o Estado Islâmico].”

Fonte: Guia-me / com informações de The Independent

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