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Cerca de 20 mil fiéis participam da Procissão do Fogaréu em Goiás

Cerca de 20 mil fiéis participam da Procissão do Fogaréu em Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Evento religioso emociona ao reviver a paixão e morte de Jesus Cristo. Perseguição é encenada nas ruas da cidade de Goiás há 270 anos.

Cerca de 20 mil fiéis acompanharam na madrugada desta quinta-feira (2) a Procissão do Fogaréu pelas ruas da cidade de Goiás, a 142 quilômetros de Goiânia. 

Considerado um dos principais eventos religiosos do estado, o espetáculo revive a paixão e morte de Jesus Cristo. A tradição é realizada há 270 anos no município.

A procissão promove um encontro de gerações. O funcionário público João Conceição, por exemplo, participa há 30 anos da cerimônia como um dos Farricocos, personagens encapuzados que representam os soldados enviados por Caifás para prender Jesus . 

Ele orienta o estudante Pedro Alexandre, que vivencia a experiência pela primeira vez. “Já tinha uma fixação em querer ser farricoco desde pequeno, aí eu tive essa chance de ser a primeira vez”, conta o jovem.

A tradição iniciou no século XVIII, quando o pároco do município na época, o padre espanhol João Perestelo de Vasconcelos Espíndola, trouxe o costume à cidade. 

Conforme a tradição, os 40 Farricocos saem, à meia-noite, do Museu da Boa Morte acompanhados pelos sons dos tambores, descalços, com tochas de fogo e em passos apressados pelas ruas de pedra da antiga capital do estado. A todo instante os fiéis acompanham a perseguição a Jesus.

A primeira parada da procissão acontece na Igreja do Rosário, onde está reproduzida a Santa Ceia, mas, como Jesus já não está lá, o grupo segue com a perseguição. A busca pelo filho de Deus só acaba diante da Igreja de São Francisco, local que representa o Monte de Oliveiras. 

Neste momento, surge um estandarte com a imagem de Cristo e, logo em seguida, um clarim executa o toque de silêncio. É o fim do percurso. Depois disso, é celebrada uma missa.

Fiéis se emocionam com a morte e paixão de Cristo. “É como se a gente tivesse passando junto com ele aquilo que ele passou naqueles dias”, diz a professora Renata Maria Tamaso.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

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