País se opõe a intervenção árabe contra rebeldes houthis; EUA entregam armamentos a coalizão
DUBAI - Em meio ao acirramento das tensões no Iêmen por conta do avanços dos rebeldes xiitas houthis e os bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita, o Irã decidiu enviar dois navios de guerra para o Golfo de Aden nesta quarta-feira.
Segundo a mídia estatal, o país escoltará navios iranianos contra possíveis piratas. No entanto, o país defende abertamente o fim dos ataques aéreos, e é criticado por uma suposta ligação com os houthis. Os EUA anunciaram também nesta quarta-feira o fornecimento de armamentos à intervenção.
Segundo o oficial Habibollah Sayyari, um contratorpedeiro e um navio de apoio patrulharão a costa. Ele não fez menção a tentativas de contrabalancear a aproximação de navios da coalizão, entre eles alguns do Egito.
Junto à Rússia e a China, o Irã é abertamente contrário à ofensiva árabe no Iêmen. O país, que pede diálogo e cessar-fogo, chegou a ser acusado por outras nações (como a Arábia Saudita) de dar apoio aos houthis.
Xiita, o país chegou a ser criticado pelo presidente Abed Rabbo Mansour Hadi por fazer dos rebeldes “seus fantoches”. Teerã nega veementemente envolvimento.
Ataques sauditas continuam atingindo bases dos houthis no país. Na terça-feira, bombardeios que erraram o alvo atingiram uma esola, matando pelo menos três crianças. Mais de 160 pessoas morreram em episódios separados de violência no país apenas na terça-feira.
O subsecretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que Washington está entregando armamento e apoiando a coalizão no setor de inteligência.
— A Arábia Saudita está enviando uma forte mensagem aos huthis e aos seus aliados, dizendo que não podem tomar o Iêmen à força — disse Blinken a repórteres em Riad, na noite de terça-feira. Em apoio aos esforços, fornecemos armamento.
Um funcionário do Departamento de Defesa americano disse à agência AFP que Washington estava enviando principalmente munições de alta precisão.
informações/
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