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Bebê com 400 g desafia médicos que deram a ela apenas 1% de chance de sobreviver

Equipe sugeriu que pais deixassem a filha, que nasceu aos cinco meses de gravidez, "ir embora"

Quando Sadie Cratchley entrou em trabalho de parto quatro meses antes da hora, os médicos avisaram-na para esperar pelo pior. Segundo eles, sua filha teria apenas 1% de chances de sobreviver — e, por isso, eles sugeriram à mãe que deixasse sua bebê “ir embora”. 

No entanto, a grávida, de apenas 20 anos na época, se recusou a desistir de sua própria filha. Com isso, a minúscula Kaci-Rose Cratchley nasceu às 23 semanas de gestação, pesando pouco mais de 40 g, algo como metade de um saco de açúcar

Os médicos comentaram que, se Sadie tivesse entrado em trabalho de parto um dia antes, eles nem teriam tentado salvar a bebê. E, mesmo tendo nascido dentro do prazo considerado aceitável para a equipe médica, Kaci-Rose tinha apenas 1% de chances de sobreviver.

Mesmo assim, a pequena desafiou a medicina e acaba de completar oito meses de vida, pesando 3,5 kg – o mesmo que um recém-nascido normalmente pesa

— Ela era literalmente do tamanho da minha mão. Ela tinha a pele vermelha e grudenta. Dava para ver todas as veias dela. 

Não sei por que entrei em trabalho de parto tão cedo, mas fiquei sabendo que, se tivesse sido um dia antes, teriam me mandado embora para casa sem ela, porque considerariam como um aborto

Equipe sugeriu que pais deixassem a filha, que nasceu aos cinco meses de gravidez, "ir embora"

— Quando cheguei ao hospital, eu estava em pânico. Nos falaram que havia apenas 1% de chances de ela sobreviver ao parto, e eu só conseguia chorar e chorar. Eles avisaram que tentariam, mas que, provavelmente, ela não conseguiria

Kaci-Rose foi entubada e transferida para a UTI neonatal do Southmead Hospital, na Inglaterra, logo depois de nascer. Como seus pulmões eram minúsculos e pouco desenvolvidos, ela precisava de ajuda para respirar. Além disso, foram administrados medicamentos para ajudar seus rins, que não estavam prontos ainda. 

A menina ficou nestas condições por 11 semanas, e seus pais não puderam segurá-la durante todo este período. Kaci-Rose também foi submetida a uma cirurgia de laser para consertar suas veias, que não estavam trabalhando corretamente. 

— Ao longo dos seis meses que ficamos no hospital com ela, tivemos muitos momentos bons, mas também outros bem ruins

Quando Sadie e seu marido Marc foram autorizados a levar a filha para casa, ela ainda estava conectada a um monitor que media seus batimentos cardíacos e seu nível de oxigenação. Agora, aos oito meses de idade, ela ainda precisa da ajuda de um tubo, para ajudá-la a respirar. 



— Embora tenha oito meses, ela apresenta o desenvolvimento de um bebê de quatro meses. Ela tem 56 cm, quase o mesmo que um bebê que acabou de nascer

Os médicos avisaram ao casal que, provavelmente, a menina terá algum tipo de paralisia cerebral, mas que ainda é cedo para dar o diagnóstico exato. 

— Também falaram que ela poderia ser cega e surda, mas já percebemos que ela consegue escutar algumas coisas. Até agora, ela provou que todos os médicos estavam errados. 

Estou muito animada com o tanto que ela já conquistou. Tem sido um período bem complicado e difícil, mas vivemos um dia de cada vez, aproveitando o tempo que passamos com ela, fazendo tudo que podemos para que a vida dela seja o mais normal possível

— Quero apenas agradecer a todos que nos ajudaram no hospital, e aos outros pais e mães que tiveram que tomar decisões difíceis como a nossa. 

Mesmo que seja horrível decidir, é preciso lutar pelos seus filhos, e deixar que eles tenham uma chance. Kaci-Rose provou que tudo pode ficar bem no final.

Do r7

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