A frase é conhecida: “Na guerra, a primeira vítima é a verdade”. A autoria é controversa, mas é um princípio que parece continuar valendo.
A Rússia entrou com tudo na guerra da Síria. Após ter feito ataques com caças e lançado bombas sobre locais estratégicos, Moscou sinaliza com a possibilidade de mandar tropas para uma invasão por terra.
Além disso, está sendo realizada uma guerra de informações. Foi noticiado pela imprensa internacional que helicópteros da Força Aérea da Síria lançou folhetos sobre uma área do país onde deve ocorrer uma ofensiva esta semana.
As imagens divulgadas por uma TV russa e reproduzida em vários meios de comunicação mostram milhares desses panfletos sendo soltos no ar. Foram lançados sobre as cidades de Rastan e Talbiseh,que estão sendo bombardeada por aviões de guerra de Moscou esta semana.
O conteúdo é controverso. Escritos em árabe, alertam que os civis devem abandonar a cidade e quem estiver com um deles na mão poderá passar pelos postos de controle do Exército Sírio. A mensagem basicamente é “não deixem as coisas ficaram ainda piores”. Afirma ainda que o governo vai dar aos que saírem pacificamente “abrigo, comida e ajuda médica”.
O governo russo acredita que a região concentra cerca de 5.000 soldados do Estado Islâmico e do grupo terrorista al-Nusra.
A Rússia apoia as tropas presidente sírio, Bashar al-Assad e sua chegada na Síria incomodou os Estados Unidos, que oferecem há anos treinamentos e armas para opositores do governo. Embora tenha prometido “erradicar” o Estado Islâmico, a ação norte-americana até agora não produziu muito resultados concretos.
O que chamou atenção da mídia europeia são as imagens dos folhetos, que trazem um desenho onde a mensagem é clara: quem está por trás do Estado Islâmico na verdade é Israel e os Estados Unidos.
Folheto distribuído pela Síria.
Governos ocidentais estão criticando a Rússia por focar seu poder de fogo sobre as posições rebeldes moderadas e não sobre áreas sob controle do Estado Islâmico. Moscou nega. Contudo, o material distribuído agora mostra que a animosidade com Israel pode ser maior do que se pensava até então.
A tensão na região tem aumentado exponencialmente nos últimos dias. Tropas iranianas afirmam terem cruzado a fronteira do Iraque com a Síria para ajudar as tropas leais a Assad. Além disso, centenas de tropas do Irã, além de membros do Hezbollah vieram do Líbano para o combate.
Para os analistas, isso é um sinal claro que “os EUA estão perdendo influência na região.” O que pode ser muito ruim para Israel. Americanos e russos já estão em lado opostos na guerra que ocorre no Iêmen. Moscou apoia os iranianos e financiam os rebeldes houthis, um grupo islâmico xiita.
Estados Unidos e Arábia Saudita apoiam o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, que está exilado em território saudita. Ali, os EUA formaram uma coalizão que conta com a presença de Emirados Árabes, Catar, Bahrein e Egito.
Assista:
Com informações de Daily Mail
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