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Canção de louvor a Alá está em primeiro lugar nas paradas da Europa

"Allahu Akbar" faz sucesso em vários países
Existem muitas maneiras de se popularizar uma ideia. Músicas dançantes são sempre um meio de alcançar os mais jovens. A expressão “Allahu Akbar”, que significa Deus é grande, é considerada o grito de guerra dos jihadistas, radicais que lutam pela imposição do islamismo como única religião.

Na pista de dança da Europa, as batidas eletrônicas com diferentes vozes entoando esse ‘louvor a Alá’ estão em ascensão. No Spotify, aplicativo que permite se criar uma rádio personalizada, Allahu Akbar, na versão do DJ Inappropriate, chegou ao topo entre os usuários do Reino Unido e da Noruega.

De modo geral, está entre as cinco mais ouvidas pelos usuários europeus do programa. Ou seja, embora não toque nas rádios por lá, tem uma boa penetração nas camadas mais jovens da Europa.

Esse não é um fato isolado, uma vez que a atmosfera na Europa em relação aos muçulmanos é tensa, especialmente por causa dos atentados de Paris. Lançada em maio, o vídeo original no Youtube já tem mais de um milhão e 700 mil de visualizações. Embora tenha pouco mais de dois minutos, já existem versões ‘remix’ com duas horas de duração.

Curiosamente, ninguém sabe quem é o artista que assina como DJ Inappropriate. Sua página no Facebook não traz fotos, mas deixa claro que se trata de um norueguês. Ainda que ele não faça nenhum tipo de defesa explícita do islamismo ou do terrorismo, a imagem da canção na loja do iTunes mostra um clérigo muçulmano e o vídeo tem a imagem de Osama Bin-Laden.

Segundo alguns sites especializados, era para ser uma música de ‘protesto’. Mas chama atenção o fato que ela só ‘explodiu’ em popularidade nas últimas duas semanas. Justamente quando os trágicos eventos em Paris acirraram o debate sobre a entrada de milhares de imigrantes muçulmanos na Europa.

Ao mesmo tempo, centenas de jovens europeus estão sendo alistados para o combate militar na Síria e no Iraque. Dos cerca de 12,5 mil combatentes estrangeiros alistados nas fileiras do Estado Islâmico em 2014, cerca de 2500 eram europeus, de acordo com o Observador. A maioria eram franceses. Hoje o número total de estrangeiros nas fileiras jihadistas chega perto de 30 mil, segundo dados da CIA e da ONU. 

Com informações Ynet News

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