Encomendado por diretório do PT, Pai Carlos sacrifica animais em favor de Dilma Rousseff
O jornal Tribuna da Bahia revelou semana passada que o babalorixá Pai Carlos de Xangô, conhecido líder religioso de Pernambuco, foi contratado para fazer um trabalho espiritual em favor da presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista ao periódico, Pai Carlos disse que o objetivo era “acabar com o processo de impeachment”. Para isso, foi especialmente a Salvador para adquirir ingredientes, “somente encontráveis na capital baiana”, conforme frisou.
Seu “ebó para Exu” utilizou como ingredientes: “sangue de aridan”, utilizado para o preparo do “pó de pemba” (que daria a força de um boi ao orixá); “sementes de obin” (que seriam um fruto sagrado africano com o poder de chamar um orixá à Terra); e “dadá da costa”, outra semente comumente usada em rituais do Candomblé. O custo aproximado foi de R$ 1.200.
Além disso, requer o sacrifício de “dois cabritos, duas cabras, 16 frangos, duas galinhas da Guiné, um galo e um casal de pombos”. Seu ritual inclui a oferenda de um “amalá”, prato predileto de Xangô, orixá da Justiça.
Com essa “comida sagrada”, explica o babalorixá, “resolve-se qualquer problema que envolva relações amorosas ou com a Justiça”. Finalizou explicando que “um carneiro será oferecido ao orixá, mas somente depois que a encomenda para Exu obtiver o resultado positivo de que ela [a presidenta] não cairá”.
O babalorixá afirma ser “conselheiro religioso de políticos pernambucanos” e por isso foi contratado pelo Diretório do PT em Recife. “Mais precisamente pelo presidente do partido naquela capital, Oscar Paes Barreto”, enfatiza.
Disse já ter feito trabalhos semelhantes para ex-governadores pernambucanos como Eduardo Campos (falecido candidato a presidente), Marco Maciel (ex-vice-presidente no governo FHC) e Joaquim Francisco.
Pai Carlos defende a presidente, “os adversários dela querem é o Michel Temer na presidência”. Afirma que após ter jogado os búzios, viu que a presidente “se preocupa muito com a situação econômica do País e em melhorar as condições da Saúde para a população”.
Não a conhece pessoalmente, mas acredita que “embora ela não tenha religião, seja laica, estou fazendo esse trabalho pelo ser humano e a mulher de fibra que ela é. Afinal, Dilma não é nenhuma cobra, mas uma pessoa muito humana”.
O religioso garante que “após o ebó, o processo de impeachment vai cair ou será engavetado e a economia do Brasil voltará a crescer”. A Tribuna da Bahia diz que apesar de “inúmeras tentativas por telefones”, os diretórios municipal e estadual do PT em Pernambuco não quiseram comentar.
Prática recorrente
Quem está familiarizado com a história recente do país, deve lembrar que o ex-presidente Fernando Collor de Mello usou de tentativas similares quando passou pelo processo de impeachment, no início dos anos 1990.
Sua ex-esposa, Rosane Collor, que hoje é evangélica revelou detalhes das cerimônias de religião afro que ocorriam na residência oficial do presidente em Brasília. Apesar dos muitos sacrifícios de sangue, ele acabou saindo do cargo. Ficou inelegível por muito tempo, mas voltou a vida política e hoje é senador pelo PTB de Alagoas.
Jejum e Oração
Entendendo que em meio a atual crise do país existe um confronto de ordem espiritual, diferentes grupos de evangélicos estão promovendo campanhas de jejum e oração pelo Brasil.
Para esse dia 13, um movimento liderado pelo ministério “A Convocação – The Call Brasil” lançou uma espécie de manifesto, onde ressaltam cinco motivos para intercessão.
GospelPrime
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