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Selos raros do período do Templo de Salomão descobertos em Jerusalém

Um dos selos remete à imagem bíblica da mulher virtuosa, descrita em Provérbios 31.
Uma escavação arqueológica em Jerusalém revelou dois selos raros que datam do período do primeiro templo, construído pelo rei Salomão. A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou as descobertas na segunda (7).

Os dois selos, inscritos em pedras semipreciosas, foram descobertos no estacionamento da Brigada Givati, um importante sítio arqueológico da capital. Um deles trás o nome de uma mulher Elihana bat Gael, cujo tradução seria “Eliana, filha de Gael.”

O doutor Haggai Misgav, da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirmou que o selo remete à imagem bíblica da mulher virtuosa, descrita em Provérbios 31. Para ele, este selo é notável porque sinaliza que a mulher tinha uma posição que “permitia-lhe fazer negócios e possuir propriedade.” O estudioso esclarece que “de modo geral, a prova da independência jurídica e financeira na Bíblia e da arqueologia são raros”.

O outro selo traz o nome de Sa’aryahu ben Shabenyahu. O primeiro nome poderia ser traduzido como “Yahweh foi revelada na tempestade.” Os pesquisadores acreditam que o nome lembra de Jó 38, que fala do Senhor conversando com Jó dessa maneira.

Os líderes do Projeto Triagem, que escava uma montanha de “entulho” retirada do Ofel (sul do Monte do Templo), na Cidade de Davi, explicam que cada um desses achados enfraquece as teorias contrárias à existência em Jerusalém de um reinado (e um templo) reconhecido de Salomão. Também mostram que as descrições do texto bíblico relativo a expansão dele, são de fato, autênticos.

Ano passado, foram encontrados dois selos importantes. O do rei Ezequias e um carimbo oficial da época do Templo de Salomão.

Projeto Peneira

Coordenado pela Universidade Bar-Ilan e a Fundação Cidade de Davi, o “Peneira” deseja investigar todo o material dos mais de 400 caminhões de terra retirados do Monte do Templo e despejados em um vale, perto da Cidade Velha de Jerusalém.

Zachi Dvira, idealizador do projeto que possibilita que voluntários ajudem na escavação, explica que desde o início do projeto em 2004, mais de 170 mil pessoas já participaram. Cerca de 50% da terra retirada do local sagrado já foi analisada.

O doutor Barkay afirma que esse “aterro” é o “maior crime arqueológico da história de Israel”. Afinal, o Monte do Templo está no centro da disputa política sobre Israel ser (ou não) a capital de um futuro Estado da Palestina.

“O Monte do Templo é o mais delicado e mais importante sítio arqueológico no país, e jamais foi escavado por causa da política. É uma incógnita; um pedaço de terra desconhecida”.

Após a reunificação de Jerusalém durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou o controle de sua capital, mas por causa de um acordo, o Monte permanece sob domínio do governo jordaniano. Achados arqueológicos que comprovem que ali repousava o templo de Salomão colocariam por terra os argumentos muçulmanos de que os judeus não têm direito ao local. 

Com informações de Christian News

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