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Em faixa, pastor pede que políticos não façam campanha em igreja no RS


Em Novo Hamburgo, pastor pendurou faixa com aviso aos candidatos. Segundo ele, atitude recebeu críticas, mas apoio da maioria da comunidade.
Os partidos ainda estão definindo quais serão os candidatos a prefeitos e vereadores nas eleições municipais de 2016, e a partir de 16 de agosto a campanha já estará permitida. Atento e preocupado com a iminente disputa por votos, o pastor de uma igreja de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, fixou uma faixa em que pede que os candidatos não visitem o local durante o período.

A frase chamou atenção. "Senhores candidatos a vereadores e a prefeito, estamos há três anos nesta comunidade e nunca tivemos o privilégio de suas visitas. Queremos continuar assim até outubro deste ano. Após este período, serão bem-vindos!", diz o texto da faixa, colocada na última terça-feira (19) na porta de entrada da igreja.

“Nunca recebemos nenhuma visita do prefeito ou dos vereadores. Mas a gente sabe que agora, perto das eleições, eles costumam aparecer. Não é que eles estejam proibidos de visitar o templo. Só não vamos permitir campanha política na nossa igreja”, explica ao G1 o pastor Juliano Souto, 35 anos. “Não queremos misturar religião com política”, frisa ele.

Segundo ele, a Igreja Batista Nacional Avivar existe há três anos naquele ponto, situado no bairro Rondônia, em Novo Hamburgo. Os cultos da igreja também são realizados nas cidades de Portão e Campo Bom. "Com isso, quem sabe a gente conscientize um pouco os políticos?", comenta. "Depois disso, nossas portas estarão abertas para todos eles", afirma.

Apesar de ter recebido algumas críticas pela atitude, o pastor se diz surpreendido com a reação, em maioria positiva, da comunidade.
“Comecei a trabalhar com política, então, por experiência própria, sei como as coisas acontecem em alguns casos em época de campanha eleitoral. 

Infelizmente, todas as áreas estão corrompidas. Tem pastor bom e pastor ruim, assim como tem médico bom e médico ruim, político bom e político ruim. A intenção é proteger a nossa comunidade. Até o final da campanha, a faixa vai ficar lá", destaca ele, que garante não ter mais relação com nenhum partido político.


Fonte: G1

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