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Maldição ou oportunidade de evangelismo? Pastores divergem sobre Pokemon Go


Boneco inflável gigante do personagem picachu. (Foto: Qz)


Em busca dos 'pokémons escondidos', os jogadores acabam indo aos mais variados lugares, como por exemplo, as igrejas. Mas como as lideranças cristãs estão reagindo a isso?

Já considerado 'febre' - principalmente entre jovens e adolescentes - o jogo 'Pokémon Go' também está sendo amplamente criticado pelas situações incômodas e até mesmo 'estragos' que vem causando nos países onde já é liberado. Os pontos de vista também são divergentes entre os líderes de diversas igrejas, considerando que alguns consideram o jogo uma 'maldição' e outros o enxergam como uma oportunidade para evangelizar.

Em busca dos 'pokémons perdidos', os jogadores acabam indo aos mais variados lugares, como shoppings, ruas, praças, cemitérios, museus e até mesmo igrejas.

Isso ocorre porque os algoritmos de mapeamento por trás do jogo têm colocado milhares de 'esconderijos' de pokémons em terrenos de igrejas, atraindo centenas de milhares de jogadores para as instituições.

Acolhimento
Algumas dessas comunidades cristãs têm respondido a tanta movimentação de maneiras um tanto 'criativas', para convidar os jogadores a adentrarem seus templos, bem como aos seus membros para interagirem mais com essas pessoas.

A Igreja da Inglaterra, por exemplo, aconselhou que seus membros convidem os jogadores para "tomar um chá".

"Coloque sinais de 'bem-vindo' do lado de fora e incentive-os a entrar. Ofereça-lhes um lanche. O jogo também usa muito das baterias de celular então por que não criar uma estação de carregamento de baterias. Se você tiver isso também em sua igreja, pode deixá-los até se conectarem à Wi-Fi do templo", disse um comunicado da denominação.

Já a Igreja 'Faith Christian', em Ohio (EUA), está deixando bem claro com uma placa do lado de fora que seu templo é um 'pocketstop'.

"Nós somos um 'pocketstop'. Recarregue seu celular do lado de fora, encontre Jesus do lado de dentro", diz a placa.

A frase exposta do lado de fora da Igreja de Cristo em Naples, Flórida (EUA) também não fica atrás em criatividade.

"Então você encontrou um Pokémon. Mas você sabe qual é a alegria de encontrar Jesus?", diz a placa.

so the church by my house updated their sign pic.twitter.com/iTEQTZVlF3— gabby r. (@DeJesusGabby) 15 de julho de 2016

Maldição
Apesar de todo o acolhimento de algumas igrejas e tanta interatividade com os jogadores, outros pastores têm alertado para os perigos que este jogo está trazendo para tantos jovens, como adolescentes e até mesmo para as próprias igrejas.

Segundo o pastor batista norte-americano, Rick Wiles - que também dirige o site 'Trunews' - advertiu que "essas criaturas Pokémon são como cyber-demônios virtuais".

"Eu acredito que essa coisa seja um ímã para os poderes demoníacos", disse ele.

"O que esta tecnologia está transferindo para os jihadistas islâmicos? Isto também carrega informações de onde os cristãos [igrejas] estão localizadas geograficamente", alertou.

O pastor também destacou que o inimigo tem as igrejas como alvo.

"O inimigo, Satanás, tem como alvo as igrejas. Este aplicativo está gerando demônios dentro de sua igreja. Eles estão alvejando sua igreja com a atividade demoníaca. Esta tecnologia vai ser usada pelos inimigos da cruz [terroristas], que têm localizado e executado cristãos", disse.

O desvio de atenção dos jogadores para o aplicativo tem até mesmo causado acidentes. (Foto: R7)

Acidentes
Fato é que muitos acidentes têm acontecido entre os jogadores do 'Pokémon Go', devido a descuidos dos mais diversos tipos.

Na semana passada, no estado do Alabama (EUA), um homem resolveu procurar Pokémons, usando o seu celular, enquanto estava ao volante. O resultado? Ele acabou batendo seu carro em alta velocidade contra uma árvore. Felizmente, o motorista sofreu apenas alguns arranhões.

Já na cidade de O´Fallon, no estado de Missouri (EUA), a polícia prendeu quatro pessoas suspeitas de assaltarem jogadores de Pokemon GO.

Os suspeitos usavam o aplicativo do jogo para localizar as vítimas pelo mapa e as atraía para um estacionamento deserto ou outra localidade onde os jogadores estivessem mais vulneráveis.

Guiame

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