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Dilma envia carta a evangélicos pedindo oração “contra o golpe”

Documento tentou mobilizar grupo liderado por Ariovaldo Ramos
Durante a campanha eleitoral de 2010, a então candidata Dilma Rousseff teve ao seu lado várias lideranças evangélicas, incluindo vários políticos. Logo depois de vencer as eleições, a maioria desses deputados e senadores romperam com ela e com o PT quando o verdadeiro plano de governo foi revelado. Quatro anos depois, a maioria deles estava na oposição e hoje são ferrenhos defensores do impeachment.

Um grupo menos expressivo de líderes, liderado pelo pastor e escritor Ariovaldo Ramos, formaram a “Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito”. Segundo eles mesmos, trata-se de uma iniciativa de diversas igrejas e denominações para defender a democracia e, no caso, a volta de Dilma ao poder.

Na noite desta quinta-feira (25), eles realizaram o ato “Tempo de oração a favor a democracia” no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Segundo Ramos, o julgamento da presidente por crimes de responsabilidade é um “mal que atenta contra o bem da nação”.

A escolha da data foi para coincidir com o dia em que o Senado iniciou a última etapa do julgamento do processo de impeachment. Para o pastor, tudo não passa de um erro, pois não existe motivo para a denúncia.

Fazendo eco ao que tem dito desde o início, para ele o processo iniciado na Câmara e com supervisão do Supremo Tribunal Federal, “atenta contra a democracia, contra um projeto de emancipação do pobre, do negro, da mulher, do indígena, do quilombola, de todos que estão à margem da sociedade brasileira”.

A presidente afastada, enviou uma carta aberta para os evangélicos. “Agradeço de coração pelas orações de vocês e de cristãos de todo o país… Sei que vocês não oram apenas por mim, mas clamam pelo restabelecimento da ordem democrática, um valor que está acima de todos nós. Mas a vitória sobre o golpe implica bem mais que isso”, escreveu.

Sem mencionar as dezenas de testemunhos de empreiteiros, políticos, dirigentes da Petrobras e empresários que citaram seu nome nas delações tornadas públicas, Dilma afirma que é inocente.

“Nunca fui acusada de ato de desonestidade nem como cidadã nem como servidora pública”, sublinhou. Também evita mencionar os casos de corrupção relacionados aos seus dois mandatos e o tempo que foi ministra de Lula. Limitou-se a dizer que contava com o apoio de todos: “Levarei comigo as orações e os votos de vocês no Senado, quando defenderei a democracia”.

Missão Integral

Ariovaldo Ramos é escritor e conferencista. Foi um dos líderes da SEPAL e presidiu a missão Visão Mundial. Em sua atuação política, foi conselheiro de Lula no primeiro mandato. Nos últimos meses tem sido um crítico constante das ações da Lava Jato e vem coordenando esforços para que outros líderes evangélicos, em especial os que defendem a Teologia da Missão Integral se unam a ele em favor do governo do Partido dos Trabalhadores.

Um abaixo assinado proposto por ele no movimento “Missão na Íntegra” teve apoio de cerca de 500 líderes. Além de defender Dilma e Lula nas redes sociais, o pastor faz campanha para Luiz Erundina (PSOL) para a prefeitura de São Paulo.

Veja a carta
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2 comentários:

  1. Eu acredito piamente que isso se trata de um golpe, ou seja é um programa bem articulado,coligado com varias vertentes, com uma uma unica intenção,retroagir o brasil as raia dos anos 80,90, onde a diferença entre os ricos e os pobres, eram muito , acentuadas, de forma que a aproximação, entre ricos e pobres ficavam a anos luz de diferença,agora temos direito a faculdade(sistema de cotas)temos direitos a cursos profissionalizantes, ( antes era impossível um pobre conseguir uma vaga),moradias dignas,( observem a quantidades de casas oriundas dos vários programas que os menos favorecidos tiveram condição de abarcar), ei não se consegue medir a implacável ganancia dessas déspotas autoridades políticas,o problema é que, o brasileiro pobre, é desprovidos de memória retrograda, e é ai que entra os vampiros sanguinolentos aproveitadores, só DEUS é quem vai ter piedade de nós.

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  2. Tem quem ore a favor e tem quem ore contra.
    O pior é lideres "cristãos" tomarem partido de forma a convencerem seus seguidores a fazerem o mesmo! A diferença entre rico e pobre continua acentuada e não vai mudar seja quem estiver no poder. Uma sociedade igualitária financeiramente não consegue subsistir. Alguém precisa pagar o salario de alguém! Não existe essa de todos somos sócios, mas todos dependemos do sucesso da empresa que trabalhamos. Que incentivo tem alguém em investir em algo que não tenha retorno? Quem gosta de pagar a conta de outro? Ninguém gosta!
    Se toda autoridade é constituída por Deus, seja Dilma ou seja Themer ou seja quem for, Deus estará no comando guardando e provendo aos seus amados, e a chuva continuará sobre todos!

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