Jihadistas afirmam que Jesus é escravo de Alá
A edição mais recente da Dabiq, revista oficial do Estado Islâmico, traz na capa a mensagem “Derrubem a Cruz”. A foto mostra um jihadista no alto de um templo, trocando a cruz pela bandeira negra do grupo extremista.
O editorial afirma que Jesus é um “escravo de Alá” e que “a verdadeira religião de Jesus Cristo é a submissão monoteísta pura”. Acrescenta que, quando Jesus voltar nos últimos dias,ele irá ‘promover a jihad pela causa de Alá’.
Nas matérias, além da tradicional propaganda de sua guerra santa (jihad), eles desmentem as declarações recentes do papa Francisco, insistindo que ele não entende o Islã. Segundo a matéria, o pontífice é um tolo por acreditar que os muçulmanos querem paz e que os atos de terror realizados por eles possuem motivação econômica.
Capa da revista do EI.
“Esta é uma guerra ordenada por Alá entre a nação muçulmana e as nações dos descrentes”, afirmam os autores no artigo “By the Sword” [Pela espada]. Os textos trazem várias referências a textos do Alcorão, usados como sustentação dos argumentos.
Para o Estado Islâmico, todos os papas foram seus inimigos e que “Francisco continua a esconder-se atrás de um véu enganador de ‘boa vontade’, escondendo suas intenções reais de subjugar o povo muçulmano”.
Argumentam que o líder católico – e todos os cristãos que pensam como ele – “tem lutado contra a realidade” em seus esforços para retratar o Islã como uma religião de paz. Lembra os leitores muçulmanos que pegar a espada para a jihad é sua “maior obrigação”.
A revista faz questão de asseverar: “De fato, a jihad – espalhar a lei de Alá pela espada – é uma obrigação encontrada no Alcorão, a palavra de nosso Senhor”.
“O sangue dos descrentes deve ser derramado obrigatoriamente. A ordem é clara. Matem os descrentes, como disse Alá: “Matai os idólatras, onde quer que os acheis” [Sura 9:5]”, ressalta outra parte do texto.
Ódio de judeus, ateus e gays
Eles oferecem motivos para seu ódio pelo Ocidente cristão, que classificam como absoluto e implacável. Desdenham os esforços dos países que lutam contra o EI no Iraque e na Síria: “O fato é que, mesmo que vocês nos bombardeiem, nos aprisionem, nos torturem, nos difamem, e usurpem nossas terras, temos que continuar odiando vocês. Nossa principal razão para odiá-los não vai deixar de existir até que vocês abracem o Islã”.
Para eles não há possibilidade das coisas serem diferentes: “Mesmo se você concorda em pagar a jizyah [imposto para infiéis] e viver sob a autoridade do Islã em humilhação, gostaremos de continuar odiando vocês”.
Além dos cristãos, eles listam os grupos que odeiam e irão combater: judeus, sodomitas [gays], secularistas, fumantes de maconha, feministas e ateus.
A versão em inglês da revista pode ser lida aqui.
Com informações de Daily Mail
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