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Estado Islâmico assume autoria de ataque terrorista que matou 29 cristãos, no Egito


Cristãos coptas choram a morte de seus parentes em ataques terroristas. (Foto: ABC)


Na última sexta-feira (26), terroristas mascarados armaram uma emboscada e atacaram um ônibus e um carro, que transportavam cristãos coptas.

O Estado Islâmico (também conhecido como ISIS, ISIL ou Daesh) confirmou em uma declaração neste sábado que havia realizado um ataque contra cristãos egípcios na sexta-feira, assumindo responsablidade pelo fuzilamento que deixou pelo menos 29 cristãos e 24 feridos, perto da cidade de Minya.

"Uma unidade de segurança dos soldados do califado montou um posto de controle para emboscar dezenas de cristãos para o mosteiro de São Samuel, a oeste da cidade de Minya", disse o grupo terrorista islâmico em um comunicado.

Segundo Ishak Ibrahim, pesquisador da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais, os cristãos atacados estavam caminho do Mosteiro de Anba Samuel e o ataque ao ônibus e um carro que o carro que o seguia se deu forma de emboscada.

"Eles foram emboscados durante o trajeto, em uma estrada sem asfalto que conduz ao mosteiro. O carro estava carregando pessoas que trabalhavam no mosteiro e o ônibus levava os visitantes", relatou.

Testemunhas oculares disseram que os terroristas mascarados entraram nos veículos que levavam cristãos coptas e abriram fogo contra eles.

Enquanto isso, o Egito disse na manhã deste sábado que seu exército continua a realizar ataques aéreos contra campos de treinamento de terroristas do Estado Islâmico em Derna, no leste da Líbia, informou a televisão estatal.

A TV estatal também transmitiu imagens filmadas para mostrar os ataques aéreos sobre posições de militantes em Derna, no leste da Líbia. Não havia nenhuma informação imediata sobre danos ou mortes.

Na última sexta-feira (26), a Força Aérea egípcia realizou seis ataques aéreos contra campos extremistas na Líbia. Segundo autoridades do Cairo, o local teria sido usado pelos terroristas que mataram os 29 cristãos coptas no sul do Egito, próximo a Minya.

O gabinete egípcio disse em um comunicado de imprensa neste sábado, que 13 vítimas do ataque de sexta-feira permaneceram hospitalizadas no Cairo e no sul da província de Minya, onde o ataque ocorreu.

Logo após ser informado sobre o ataque, o presidente Abdul Fattah al-Sisi afirmou que "o Egito não hesitará em atacar campos terroristas em qualquer lugar, seja dentro ou fora do país".

Sisi disse ao papa Towadros II, líder nacional da Igreja Copta no Egito, em um telefonema na sexta-feira, que o Estado não ficaria tranquilo até que os perpetradores do ataque fossem punidos.

Guiame

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