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Padre Fábio de Melo sobre exorcismo: “Cada um que expulse o diabo que criou”

Religioso foi entrevistado no "Conversa com Bial"
O padre Fábio de Melo, o líder religioso que tem recebido grande atenção da mídia, concedeu mais uma entrevista onde fez afirmações que contrastam com o ensinamento da igreja. Durante o “Conversa com Bial”, exibido pela rede Globo na noite da última terça-feira, ele falou sobre questões teológicas de uma maneira curiosa.

“Preciso me despir da hipocrisia. O pecado está em todos os lugares, na minha sacristia da mesma forma que está na Marquês de Sapucaí. Eu prefiro estar onde ele é mais visível porque eu sei com quem estou lidando”, afirmou, dando mais uma mostra que não segue a ortodoxia católica.

O padre que também é cantor e artista, contou que há 20 anos se dedica a vocação religiosa, mas não segue os estereótipos. Justificou: “Existem padres que ainda gostam do traje. Eu nunca usei, eu cresci numa congregação que já não tinha o hábito da batina. Sou filho de uma congregação fundada por um francês, um homem avançado para o tempo dele”.

Quando a entrevista abordou a existência do diabo, o religioso comentou que já foi procurado para fazer exorcismo. “O diabo existe e tem suas filiais. A minha maior preocupação é quando identifico o que é diabólico em mim e é alimentado pela minha rotina”, sublinhou.

Em seguida, surpreendeu ao dizer: “Sobre exorcismo, eu digo não. Cada um que expulse o diabo que criou. O diabo é seu, somente você tem autoridade de tirá-lo da ação. Se eu fico pensando no diabo como uma instância, eu perco a responsabilidade de reconhecer em mim o que é diabólico. Eu tenho atitudes diabólicas, você tem também”.


Fábio contou ainda que se inspira em figuras como o papa Francisco. Cogitou sobre o que faria se ocupasse o posto dele. ”Fico pensando se eu fosse Papa, não poderia dizer tudo que penso porque existe uma observação muito maior”.

Ao ser questionado por Bial sobre o surgimento de padres famosos para atrair mais fiéis, o padre reconhece sua posição no mercado: ”Não posso negar que sou um homem do espetáculo, trabalho com música e meu palco é bonito. O que acontece com esse espetáculo é minha grande responsabilidade”. 

Com informações ClicRBS

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