Afrescos mostram como foi a “explosão” do cristianismo na Europa
Um trabalho de limpeza e renovação das catacumbas de Domitilla, em Roma, revelaram afrescos com cerca de 1.600 anos. Com a ajuda de lasers especiais, foram removidas várias camadas de sujeira, algas e fuligem de lâmpadas a óleo que cobriam as paredes e o teto da maior catacumba de Roma.
Depois de sete anos, o público poderá ver as “deslumbrantes” representações das histórias da Bíblia e entender melhor como foi a “explosão” do cristianismo entre os romanos, que abandonaram o paganismo para seguir Jesus Cristo.
Durante os três primeiros séculos, o cristianismo era proibido pelos imperadores romanos, e praticado em segredo. Por isso, muitas vezes os cristãos se reuniam em locais afastados dos olhos do público, como cemitérios.
As pinturas, que retratam tanto pinturas pagãs quanto cristãs, lançam luz sobre como as crenças pagãs foram deixadas de lado no século quatro.
As catacumbas são antigos cemitérios subterrâneos. Elas se estendem por mais de 10 quilômetros sob Roma, e consistem de 26.250 túmulos. As imagens reveladas agora mostram como esses locais eram frequentados pelos cristãos, que deixaram registros artísticos de cenas importantes do Antigo e do Novo Testamento, como a Arca de Noé, Daniel na cova dos leões e Jesus alimentando uma multidão com alguns pães e peixes.
Cristo também é retratado ao lado de alguns de seus discípulos, que se acredita serem Pedro e Paulo.
Em alguns pontos há afrescos pagãos, que incluem pinturas de pavões, um antigo símbolo da vida após a morte.
“Esses túmulos representam as raízes da nossa identidade mais profunda, as raízes de Roma e do cristianismo”, afirmou o cardeal Gianfranco Ravasi, chefe da comissão pontifícia. “Essas obras mostram o caminho difícil que os antigos romanos trilharam no caminho da sua nova fé”, acrescentou o Monsenhor Giovanni Carru, da Pontifícia Comissão de Arte Sacra.
O local será reaberto ao público no final de junho. Embora nem todas as áreas restauradas estejam imediatamente disponíveis, o vasto site arqueológico poderá receber os visitantes neste verão europeu.
Sarah E. Bond, professora assistente de Clássicos da Universidade de Iowa, acredita que “Estes afrescos permanecem no local em que foram pintados originalmente, e sua restauração coloca o mundo antigo em um novo contexto diante de nós”.
Com informações Christian Post
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