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Após 40 anos preso, assassino se converte e escolhe ficar na cadeia para evangelizar

David Berkowitz foi preso por atirar em seis pessoas em 1977. Hoje, ele acredita que Deus poupou sua vida e quer falar de Jesus para outros criminosos.
David Berkowitz, também conhecido como o assassino "filho do sam", é agora uma nova criatura em Cristo Jesus, que nasceu de novo. Ele afirma que quer ficar atrás das grades para pagar por seus crimes e "chegar aos jovens para mostrar-lhes as consequências de suas ações".

A People Magazine publicou recentemente uma matéria sobre David, agora com 64 anos, quase 40 anos depois que ele foi preso. Seu crime? Um tiroteio que aterrorizou a cidade de Nova York por 13 meses.

David ficou conhecido por atirar em seis jovens e mutilar outros sete no verão de 1976-1977. Ele tinha o apelido "filho do sam" e, durante o julgamento, afirmou que o cachorro do vizinho, Sam, disse-lhe para realizar os tiroteios por meio de um demônio. Após passar 40 anos na cadeia, desde que foi declarado culpado de assassinato em maio de 1978, David "tem que acordar todos os dias e lembrar do que fez com pessoas inocentes", disse Roxanne Tauriello, uma pastora que costuma visitar o lugar.

"David sofre muito por isso, e você não pode dizer que ele é 'filho de sam' na sua frente", disse Roxanne. "Ele nunca usa esse nome, nunca. Ele fica realmente triste. Ele também não quer sair da prisão", acrescentou. "Ele sabe que mereceu morrer e merece estar exatamente onde está", ressalta.

Condenado
Após a sua captura, Berkowitz foi inicialmente declarado como louco. No entanto, essa decisão foi revertida, e ele foi condenado a enfrentar as acusações. David evitou um julgamento ao se declarar culpado.

Durante sua pena, David chegou a tentar o suicídio. Mas, após um período de desespero ele encontrou Deus e foi perdoado de seus pecados. Ele disse à CBN: "Deus foi tão bom para mim. Eu estava vivendo em uma escuridão espiritual e confusão mental, mas o Senhor me alcançou com suas mãos de misericórdia. Suas mãos estavam estendidas para mim e Ele me salvou. Me trouxe nova vida. E eu apenas agradeço a Ele todos os dias".

Hoje, ele é chamado de "Irmão Dave" por outros presos, e participa de um ministério on-line que é operado por ele e por outros evangélicos. "Não consigo conciliar seus atos com a pessoa que conheço hoje. É difícil acreditar que um dia ele foi tão perverso, tão maligno, tão violento", disse Roxanne.

"Ele não está colocando uma fachada, ele não está fazendo nada para sair da prisão", acrescentou a pastora, observando que "há anos atrás, ele escreveu uma carta ao governador de Nova York, Pataki, afirmando que ele não quer deixar a cadeia", comentou. "Ele me disse em conversas que merecia morrer, que ele deveria ter morrido, mas naquela época em Nova York, eles não tinham a pena de morte", disse ela.

"Ele destruiu a vida de suas vítimas, dos pais de suas vítimas e dos que sobreviveram, que precisam viver com o medo", pontuou a pastora. Agora, de acordo com Roxanne, David diz que "um de seus objetivos é alertar os jovens sobre o caminho da destruição. Um de seus ministérios é chegar aos jovens para mostrar-lhes as consequências de suas ações".

David Berkowitz em agosto de 1977, após sua prisão. (Foto: AP Photo).

Filho da Esperança
David, que agora se refere a si mesmo como o "Filho da Esperança", disse ao Daily News em 2012:

"Eu digo que senti que estava sob controle demoníaco. Eu nem reconheço essa pessoa. 'Filho de sam' representa coisas ruins e satânicas. Essa pessoa é como um estranho total para mim agora. Deus colocou algumas pessoas realmente ótimas e carinhosas na minha vida. Para mim, são mais do que amigos, eles são familiares. Eu serei o primeiro a dizer que não mereço ter minha vida poupada, mas acredito que Deus poupou minha vida".

"Eu quero que as pessoas vejam que meu Deus é um Deus de milagres", acrescentou David. "Se Ele pode salvar alguém como eu, ele pode salvar qualquer outro". O caso de Berkowitz será exibido no documentário de investigação “Filho de Sam”, que estreia nos Estado Unidos no dia 5 de agosto.

Guiame

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