“É preciso confrontar seu líder, não afrontar”, afirma pastor

Relacionamento do liderado não deve ser baseado em medo, declara Ed Rocha

Pastor Ed Rocha, líder do Pier49, um movimento de discipulado orgânico no Rio de Janeiro, recentemente fez uma declaração polêmica em relação à liderança ministerial. Você tem que ter a liberdade para confrontar o seu líder em amor, do contrário, você está aprisionado a um sistema de manda e obedece.

Na websérie intitulada “Igreja ou Senzala”, ele esclarece sua afirmação apresentando a diferença entre confrontar e afrontar. “Confrontar é sentar junto, é estar frente a frente, conversar, colocar a sua opinião e tentar chegar a um denominador comum com respeito a certo assunto”. Rocha ainda acrescenta que a “afronta visa ofender e subjugar”.

Na relação entre líder e liderado o pastor orienta para que não haja desrespeito, ou ofensa ao expressar determinada visão. “Confrontar não significa expor, nem impor sua opinião. Confrontar significa simplesmente abrir o coração para o seu líder e dizer o que está dentro de você”.

Ed cita o exemplo bíblico da ressurreição de Lázaro para demonstrar que a relação do confronto é baseada em caridade. “Marta abriu o coração para Jesus. Depois da morte de Lázaro, Jesus chega quatro dias atrasado”.

Mesmo Marta questionando a ausência de Cristo, Ele a ouve, se interessa pelo coração dela, e se compadece chorando. “Marta confronta Jesus em amor, mas em nenhum momento o desrespeita”.

Para o pastor é preciso rever seus conceitos caso você esteja enquadrado “em um relacionamento à base de senzala, regido pelo medo e pelo controle, em um sistema que te oprime ao invés de te fortalecer, em um sistema onde você não tem liberdade para cumprir o verdadeiro chamado da igreja, que é ser uma família”.

Ele finaliza orientando que o objetivo do confronto é a união e não a divisão. “O objetivo é chegar em um ponto comum, um ponto de acordo”.

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