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Juliano Son chora ao lembrar de crianças que são enterradas para 'fugirem do frio'


O cantor relembrou algumas situações que marcaram sua trajetória missionária. (Foto: Reprodução/YouTube)



Em um vídeo, o cantor relembrou algumas situações que marcaram sua trajetória missionária no Sertão do Piauí.
O movimento Impacto Sertão Livre, idealizado pelo cantor Juliano Son, já alcançou mais de 67 povoados e vilarejos do sertão do Piauí nas 10 edições realizadas pelo projeto.

Em um vídeo publicado por ele em seu canal no YouTube nesta segunda-feira (7), o cantor relembrou algumas situações que marcaram sua trajetória missionária.

Uma delas é a história de Valmir, que era conhecido como o homem mais perigoso da cidade de Capitão Gervásio de Oliveira. Sua fama mudou depois que ele recebeu em sua casa a visita dos “amarelinhos”, voluntários que fazem parte do movimento.

“Ele recebeu essa visita como se fosse o Senhor dando a ele uma segunda oportunidade”, lembra Juliano. Valmir se converteu e tempos depois entrou em contato com a organização para dizer que não estava mais bebendo, não agredia mais a esposa, estava estudando a Bíblia e se tornou um missionário em sua região.

Em São Francisco do Piauí, uma idosa recebeu os voluntários em sua casa se rastejando pelo chão. “Fazia seis anos que ela não andava devido um acidente”, comenta Juliano. No final daquela visita, ela recebeu uma oração e conseguiu voltar a andar. “Ela celebrou o Senhor na praça [da cidade]”, relata o cantor.

Juliano começou a se emocionar quando lembrou de uma experiência vivida na Serra do Inácio, em Curral Novo do Piauí. Eles foram levados a uma comunidade chamada Cajueiro, onde se depararam com uma pobreza extrema e marcada por temperaturas mais frias, por ser uma região serrana.

“Uma senhora vivia em uma casinha bem simples de taipa (barro molhado). Por conta do vento e às vezes da chuva, ela chegava a enterrar as crianças até o pescoço para elas não sentirem frio e poderem dormir”, relata Juliano.

Comovidos com a situação, os missionários levantaram cerca de 20 mil reais para apoiar a comunidade com cestas básicas e redes que seriam usadas como cobertores. No entanto, muitas pessoas de outros locais da região criticaram a ação, porque os moradores de Cajueiro eram tachados de “preguiçosos”.

Diante dessa situação, Juliano falou sobre o real significado de misericórdia. “Misericórdia também é favor imerecido. Toda vez que você olhar para alguém e no seu coração você sentir que ‘essa pessoa não merece’, ela é justamente o alvo da misericórdia”, comenta.

Juliano finalizou seus relatos pedindo apoio em oração. “Que ainda em nossa geração possamos ver esse povo, que por tanto tempo tem clamado em silêncio, ser alcançado por uma igreja avivada pelo Espírito de Deus, que se importa com os pequenos e esquecidos”, afirmou.

Confira o vídeo completo:


Guiame

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