Pages

Papa tenta desvincular ataques terroristas do islã: “religiões querem a paz”

Apesar da execução de padre na França, pontífice diz que guerra não
é de religiões, mas de interesses
O papa Francisco está em Cracóvia, na Polônia, onde ocorre a Jornada Mundial da Juventude. A bordo do avião que o levou ao evento, admitiu aos jornalistas que o “mundo está em guerra”.

O comentário vem de uma conversa sobre a morte de um padre na França, que teve sua cabeça cortada enquanto rezava uma missa. Os autores do crime, dois muçulmanos, morreram no confronto com a polícia.

“Fala-se tanto sobre segurança, mas a palavra verdadeira é guerra… O mundo está em guerra porque perdeu a paz. O mundo está numa guerra fragmentada. Ela pode não ser a mais orgânica, mas é organizada, é a guerra”, insiste o pontífice, que fez uma comparação com as Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

“Quando falo de guerra, refiro-me a uma guerra de interesses, de dinheiro, de recursos naturais, não de religiões. Todas as religiões querem a paz. Sãos os outros que querem a guerra”, analisou.

A Jornada Mundial da Juventude reúne jovens católicos de todo o mundo a cada três anos. A última foi no Rio de Janeiro. Em geral, o tom é de celebração, mas este ano a Europa toda vem acompanhando uma série de atentados terroristas em diversos pontos do continente. Há um amplo debate e grande preocupação com a afluência de imigrantes, sobretudo os que seguem o islamismo, cuja ligação com os atentados é inequívoca.

A morte do padre Jacques Hamel dentro da igreja em Saint-Etienne-du-Rouvray, no norte da França, enquanto realizava seu ofício sacerdotal foi reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Para Francisco, o ataque foi especialmente “bárbaro” por ocorrer na semana do evento.

Causa estranheza a nova tentativa do líder máximo do catolicismo de desvincular a ideia de que a morte do padre Hamel, no altar da igreja tenha motivação religiosa. Ele reforça o discurso, visto amplamente na mídia, que apesar das mortes nesses atentados seguirem um mesmo padrão, não possuem ligação com o Islã.

Francisco defendeu em 2014 que muçulmanos e cristãos, na verdade, são “irmãos viajando pelo mesmo caminho”.

No ano seguinte, afirmou a mesma coisa e pediu que os dois grupos religiosos se unissem. No último mês de fevereiro, lançou uma campanha onde ensina que os membros de todas as religiões são filhos de Deus.


Motivação religiosa é clara

Um dos sites oficiais do Vaticano admite que os homens invadiram o templo com um facão na mão gritando “Allahu Akbar” ou “Alá é Grande”, tradicional grito de guerra jihadista.

Irmã Danielle, uma das freiras que estava no local e testemunhou o assassinato, contou ao canal de TV BFM que o padre foi forçado a se ajoelhar, enquanto os homens filmavam a execução. “Eles fizeram uma espécie de sermão em torno do altar, em árabe. Foi horrível”, asseverou.

Ainda que a grande mídia e os líderes políticos do mundo venham tentando desvincular as mortes em lugares e situação diversos, o Estado Islâmico recentemente compilou os ataques “mais importantes’ contra os países membros da coalização militar que luta contra eles no Iraque e na Síria. Nele está, por exemplo, o ataque à boate Pulse, em Orlando. Com informações de Telegraph e Shoebat

Ataques e número de mortos do Estado Islâmico.



Fonte: Gospel Prime

Nenhum comentário:

Postar um comentário