Ofertar é cultuar ao Senhor

Ofertar é parte de nosso culto
Texto Base
II Corintios 9:6-7

Para que serve a nossa oferta?
Porque temos que ofertar?
Deus realmente precisa de nosso dinheiro?
Para onde vai a nossa oferta?

[Introdução]

Não há tema mais constrangedor entre alguns cristãos, do que falar em ofertas e dízimos. Falar sobre dinheiro na igreja, já tem virado motivo até de chacota e piada no mundo secular. Para alguns líderes, é difícil explicar sobre dízimos e ofertas sem que não haja certa desconfiança por parte de “alguns” sobre o destino dos mesmos.
Alguns pastores às vezes por erro de outros se sentem até constrangidos para falar sobre tal assunto. Infelizmente muitos que estão até em nosso meio, criticam a forma que se é empregado o dinheiro arrecadado e até desconfiam de seu pastor. Segundo eles poderiam até administrarem melhor que a própria administração de seu pastor.

Este simples estudo vem simplificar este assunto e deixar claro que as ofertas e dízimos estão totalmente ligados ao cultuar ao Senhor. As mesmas são direcionadas para mantimento da casa do Senhor, ou em alguns casos bem que deveriam ser. É difícil imaginar que alguém que se diz adorador, sinta-se a vontade para levantar suas mãos e louvar ao Senhor, mas nem tanto a vontade quando o assunto é oferta e dízimo.

O texto base desta mensagem é muito usado no momento das coletas, pois estimula os crentes a colaborarem com a comunidade cristã, pois mostra a sua oferta como semente. Mas preste bem atenção no contexto de quem escreveu: Para quem Paulo estava escrevendo? Para onde seria enviada tal coleta escrita por Paulo?
O Apostolo Paulo falava de ofertas ou dízimos? Porque se usa tanto este mesmo texto para a coleta de dízimos?
De acordo com o texto base acima, Paulo na segunda carta a igreja de Corinto, onde deveria ser aplicada a oferta em questão?

A resposta a estas perguntas é muito simples, pois logo no primeiro versículo capítulo 9 de II Cor, Paulo faz referência onde seriam aplicadas as ofertas desta coleta.
Infelizmente muitos líderes em nosso tempo, são maus administradores, fazem mau uso das ofertas e dos dízimos. Isto faz com que muitos crentes associem a imagem do pastor a um determinado “mau administrador”. Mas sabemos que existem muitos pastores sérios e a igreja [membros] tem total liberdade para saber onde estão sendo aplicadas suas ofertas e seus dízimos. Algumas igrejas, como a minha, existem assembléias de membros onde é apresentada uma prestação de contas e explicado onde está sendo aplicada tal doação, centavo por centavo. Caso o membro discorde de algum gasto, pode pedir explicação prévia do livro de gastos.
Em algumas cartas paulinas, vemos que quando o assunto era ofertas, doações sempre estava direcionada a obra social e ajuda aos irmãos carentes. Veja estes textos a seguir: II Cor 9:1, II Cor 9:9, II Cor 9:12, Rom 15:25-26, I Cor 16:1-4, II Cor 8:1-5,

Você não vai encontrar nenhuma menção do Apostolo Paulo e nenhum outro, para que a oferta fosse aplicada fora da ação social da igreja. Certa ocasião, o Apostolo Paulo chega até abrir mão de ajuda financeira, [salário como pastor] para não pesar, nem sobrecarregar a igreja. Que visão esta de Paulo, não é mesmo? Será que nos dias de hoje algum Pastor abriria mão por até algum tempo para não sobrecarregar a igreja?
Até mesmo anterior ao Apostolo Paulo a comunidade cristã já agiam e fazia desta forma, ajuda mutua uns para com os outros: Atos 4:34-35.

O ato de ofertar propriamente dito é: Doar-se, adorando a Deus com o que temos, seja o nosso serviço, nosso talento, nosso tempo ou nossas finanças. Isto é oferta agradável para Deus.

Enquanto não compreendermos que a oferta faz parte do nosso culto, não seremos adoradores bem sucedidos II Cor. 9:10.

Como deve ser a nossa oferta? Quanto devo doar? O que ganho com o que estou doando? Alguns textos abaixo explicam cada pergunta acima.

A nossa oferta deve ser preparada com antecedência, não de qualquer forma:
II Cor. 9:5, I Cor. 16:1-4.

A nossa oferta não pode ser com avareza, nem por pena, veja:
II Cor. 9:5,II Cor. 8:1-5.

Embora a nossa oferta seja comparada a “semente”, não devemos usá-la como barganha para com Deus. Veja: II Cor. 9:6.

A nossa oferta não é qualificada pela quantidade e sim pela qualidade:
II Cor. 9:7, Lucas 21:1-4. II Samuel 24:22-24.
A nossa oferta deve ser voluntária, não obrigatória. Veja:
I Crônicas 29: 9-17, Êxodo 35:5, Êxodo 35:21-22, Êxodo35:29.


A responsabilidade dos administradores:
A responsabilidade dos administradores é que haja mantimento na casa do Senhor e sustento do culto. Dentro deste contexto veja o texto abaixo. Este texto a seguir dificilmente seria aplicado nos dias de hoje.
Êxodo 36:6- Devido a abundância e solidariedade e voluntarismos dos ofertantes encheu o gazofilácio de uma tal forma aponto de Moisés pedir para que os ofertantes parassem de doarem suas ofertas. Eu diria quase impossível a aplicação deste texto nos dias atuais. Será que o administradores diriam aos ofertantes, parem, pois vocês já doaram bastante. Mui difícil.

Erros da parte dos administradores:

1- Forçar o texto fora do contexto para conseguirem o máximo de ofertas e dízimos. II Cor. 9:6-7
2-Pensar que Deus está alheio a toda sua “má administração” 

3-Estipular aos membros o valor da oferta. Isto é muito comum entre algumas igrejas nos dias atuais, começam com R$ 1.000,00 até chegar a R$ 10,00. Diferente do que o apostolo Paulo ensinou: II Cor. 9:7, II Cor. 11:8-9, II Cor. 12:17-18, Filipenses 4:15-19, II Pedro 2:3

Erros da parte dos ofertantes:

1-Achar que o dinheiro que ele está doando é para o pastor, II Cor. 11:8-9
2-Pensar que Deus está alheio a toda “má administração das ofertas”. Com Deus não se brinca. Tudo que o homem semear isto ceifará.
3-Interpretar mal o que Paulo falou e tentar fazer barganha com Deus. II Cor. 9:10

Toda a semente tem o tempo para nascer. Algumas nascem
rápido, outras demoram.

Que o Senhor possa abrir a nossa mente, para este assunto e abrir as nossas mãos, pois como o próprio Paulo escreveu: Deus ama quem dá com alegria. Lembre-se seu culto é uma oferta, isso inclui a parte financeira também.


Por Josiel Dias