Liga árabe e Nações Unidas pressionam Israel: “brincando com fogo”

Líderes mundiais temem surgimento de um conflito religioso “com consequências globais”
A Organização das Nações Unidas (ONU) tomou novamente um posicionamento contrário a Israel, ficando ao lado dos islâmicos na chamada “crise na Esplanada das Mesquitas”. Em comunicado oficial, a organização exigiu uma solução para os conflitos antes da próxima sexta-feira.

Também “alertou” para os riscos de novos embates entre israelenses e palestinos acabarem se tornando um conflito religioso “com consequências globais”. “Ninguém deve se equivocar e pensar que estes incidentes são locais. Pode ser que ocorram em apenas algumas centenas de metros quadrados, mas afetam milhões de pessoas no mundo todo”, alertou.

O anúncio foi feito pelo enviado especial para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, após uma reunião de urgência com o Conselho de Segurança, feito a portas fechadas.

Em meio a nova onda de violência no país, morreram seis israelenses e quatro palestinos. O prazo estabelecido por Mladenov coincide com as exigências dos líderes islâmicos da cidade, uma vez que esse é o dia sagrado no Islã. O diplomata teme que a atual situação poderia desencadear os “perigos” sobre o local, considerado sagrado por judeus, cristãos e muçulmanos.

A reclamação da Autoridade Palestina, que repercutiu na ONU, é por causa dos detectores de metais e câmeras nos acessos ao Monte do Templo. A decisão de aumentar a segurança do local foi uma resposta a um atentado no dia 14 deste mês, quando três árabes mataram dois soldados israelenses.

Ao mesmo tempo, a Liga Árabe, que reúne 21 países de maioria muçulmana, decidiu emitir um “alerta”, afirmando que Israel está “brincando com fogo”, ao tomar medidas que interferem no local.

Os representantes dos principais países árabes anunciaram que farão uma reunião de emergência nesta quarta-feira (26), no Cairo (Egito), onde será discutido o confronto entre israelenses e palestinos nos últimos dias.

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, emitiu um comunicado, onde afirma que: “Jerusalém é uma linha vermelha que os muçulmanos e os árabes não podem permitir ser atravessada… e o que está acontecendo hoje é uma tentativa de impor uma nova realidade na Cidade Santa”.

“O governo israelense está brincando com fogo e arriscando uma grande crise com o mundo árabe e islâmico”, termina a nota. 

Com informações das agências de notícias

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