Missionário lista os detalhes “milagrosos” que marcaram o resgate na Tailândia


Socorristas trabalhando em operação de resgate de time de futebol preso em caverna na Tailândia. (Foto: Thai Navy Seal/via Reuters)



Detalhes considerados “milagrosos” marcaram a operação de resgate dos 13 tailandeses que foi concluída na última terça-feira (10), depois que ficaram presos por 18 dias no complexo de cavernas de Tham Luang, ao norte do país.

Os acontecimentos foram listados por Tiago Gomides, missionário da organização Sepal, com base nos relatos do casal Ben e Kiesha Jones, que atuam no norte da Tailândia.

1. A forma como os tailandeses foram encontrados
Diante da dificuldade para entrar na caverna, dois mergulhadores britânicos envolvidos na operação de resgate, Richard Stanton e John Volanthe, tiveram a ideia de esticar uma linha que servisse de guia ao caminho mais fácil ao longo das câmaras de ar.

Depois de percorrer dois quilômetros, John Volanthen percebeu que não tinha mais fio e foi à superfície da câmara para procurar algum lugar para prendê-lo. Foi então que se deparou com a equipe completa, os treze, olhando para ele. Se aquele fio fosse meio metro mais curto, os rapazes não teriam sido encontrados em 2 de julho, de acordo com o site português Observador.

2. A ajuda do único menino cristão
Nascido em Mianmar e criado por professores cristãos na Tailândia, Adul Sam-on, de 14 anos, usou sua capacidade de falar inglês para ajudar seus amigos, no país onde menos de um terço da população fala a língua.

Adul — que também fala tailandês, birmanês e chinês — foi o único que conseguiu se comunicar com os mergulhadores britânicos que os encontraram em 2 de julho, segundo o site Daily Mail.

Nascido em Wa State, Estado autônomo de Mianmar, ele deixou sua família aos sete anos para obter uma educação melhor no norte da Tailândia, mas seus pais ainda o visitam na igreja onde ele foi acolhido. 

3. A chuva não impediu o resgate
Inicialmente, as autoridades locais e especialistas pensaram em manter o grupo dentro da caverna até o fim do período de monções na região, o que poderia fazer com que eles ficariam meses ali. 

Mas houve um momento em que o nível de água na caverna se tornou o menor desde que o grupo foi encontrado, em meio ao início da estação mais chuvosa no país.

"Não há outro dia além de hoje (domingo) para estamos mais prontos. Se não começarmos, perderemos a oportunidade", afirmou o líder da operação na ocasião, segundo o UOL.

4. Bombas de água quebraram após saída do grupo
Logo após o resgate dos tailandeses, a energia elétrica e as bombas para retirar água pararam de funcionar, forçando os últimos resgatistas deixar a caverna às pressas. Na ocasião, se ouviu de repente um grito partindo do lugar mais delicado do trajeto de saída, uma galeria tubular por onde se passava com muita dificuldade.

"O australiano que supervisionava a passagem começou a gritar dizendo que a bomba d'água tinha deixado de funcionar", contou à AFP Chaiyananta Peeranarong, de 60 anos, ex-comandante da Marinha tailandesa.

Meninos presos em caverna na Tailândia foram filmados por equipes de resgate. (Foto: Thai Navy Seal/Divulgação via Reuters)

5. Condições surpreendentes de saúde
Autoridades de saúde informaram nesta quarta-feira que os meninos e o técnico de futebol não mostram sinais de estresse e estão saudáveis, apesar de terem perdido peso durante os dias de isolamento.

“Por nossa avaliação, estão em bom estado e não exibem estresse. As crianças foram bem cuidadas na caverna. A maioria dos meninos perdeu, em média, dois quilos”, disse Thongchai Lertwilairattanapong, inspetor do departamento de saúde tailandês, segundo a Veja.

6. Unidade envolvida na ação de resgate
O grupo no centro dos esforços de resgate foi formado por mergulhadores de vários países e integrantes de forças especiais da Marinha tailandesa em uma verdadeira operação internacional. A operação de resgate mobilizou mais de 1.000 pessoas, informa a BBC.

Dentre os voluntários na operação estava a brasileira Tatiana Araújo, de 36 anos. Missionária do Ministério Casa da Graça, ela vive na Tailândia há seis anos trabalhando como professora de inglês e participou ativamente do resgate como tradutora.

7. Unidade da Igreja pelo mundo
“A igreja de Cristo em todo o mundo se uniu para clamar a Deus por Sua intervenção. Discípulos de todos os cantos da Terra oravam, na esperança que o Senhor podia fazer o impossível acontecer... E aconteceu”, observou Tiago.

“Sem dúvidas, Deus fez este milagre que o mundo presenciou e se comoveu”, afirma o missionário. “Agora é hora de celebrar o poder e graça de Deus, que diferente dos ritos budistas, não precisou de oferendas nem sacrifícios, mas em amor, se lançou mais uma vez na história para resgatar os que estavam perdidos”.

Guiame

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