Hoje (18) chega ao fim a escavação que durou sete anos realizada em parceria pela Universidade Hebraica de Jerusalém e a Autoridade de Antiguidades de Israel. Nela foram descobertas "Horvat Kayefa" ou "Khirbet Qeiyafa", além de uma espécie de armazém do reino. Ambas são as maiores estruturas conhecidas no século X AC, durante o Reino de Judá.
Os dois prédios públicos governamentais, cujo tipo ainda não se encontrou no reino de Judá, no século X AC, foram descobertos durante o ano passado pelos pesquisadores. Uma das estruturas identificadas pelos pesquisadores, professor Yossi Garfinkel, da Universidade Hebraica e Saar Ganor do IAA Palácio de Davi, o segundo edifício pode ter sido usado como um armazém do estado e era simplesmente enorme.
De acordo com os professores Yossi Garfinkel e Saar Ganor, "Khirbet Qeiyafa é o melhor exemplo até agora já descoberto de uma cidade fortificada do Rei Davi. Uma residência do governante foi exposta na parte sul, um espaçoso palácio, tinha uma área de cerca de 1.000 metros quadrados.
Uma parede de suporte com cerca de 30 metros, com um portal impressionante, que dava para o portão sul da cidade, em frente ao Vale de Elah.
No palácio havia muitos quartos, incluindo diversas instalações - estruturas de metal, cerâmica e fragmentos de pedra de alabastro especial importado do Egito. O palácio está localizado no centro da cidade, e controla todas as casas da cidade baixa. Além disso, há um grande local de observação, para o Mar Mediterrâneo, a oeste com Hebron e ao leste Jerusalém.
Este é um local ideal para a transmissão de mensagens por tochas acesas. Infelizmente, grande parte deste palácio foi destruído cerca de 1400 anos mais tarde, quando no local foi construído no período bizantino uma fortificação."
No norte da cidade foi exposto uma construção com o comprimento de cerca de 15 m de comprimento e 6 m de largura, o qual foi utilizada como estrutura administrativa para armazenar. De acordo com os pesquisadores, "É o tipo de estrutura do reino para recolher os impostos agrícolas, coletados dos moradores de várias aldeias nas planícies de Judá.
Para comprovar isto, foram encontrados centenas de frascos grandes de armazenamento que estavam soterrados, como era comum há séculos no reino de Judá".
O palácio e os armazéns são evidências de construções do Estado então formado, e a organização administrativa durante o período do Rei Davi. "Esta é uma prova clara da existência de um reino conhecido que estava a estabelecer centros em pontos estratégicos de controle", afirmaram os arqueólogos.
"Até agora, não havia palácios claramente atribuíveis ao início do século X antes de Cristo. Khirbet Qeiyafa foi provavelmente destruída na batalha contra os filisteus realizada próximo ao ano 980 a.C. O Palácio agora exposto e a descoberta da cidade fortificada nos últimos anos são mais um passo na compreensão das origens do reino de Judá ".
A exposição da cidade bíblica Khirbet Qeiyafa, e a importância dos achados no local, levou a Autoridade das Antiguidades de Israel a trabalhar com a Autoridade dos Parques e da Natureza de Israel para desqualificar a intenção de construir um novo bairro vizinho, e para promover a declaração das áreas que cercam o local como futuro parque nacional.
A conclusão é que este local e o parque nacional que se levantará em breve ali atrairão milhares ou milhões de pessoas que desejarem aprender mais sobre a arqueologia, cultura e história do Povo de Israel e a civilização durante o reinado do Rei Davi.
Outras diversas relíqueas foram descobertas em Khirbet Qeiyafa, entre elas a inscrição Hebraica mais antiga achada em Israel, um pequeno modelo do que seria o templo em Jerusalém.
Fonte: Cafetorah
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