Ativistas judeus celebram e prometem construir Terceiro Templo

Cerimônia remete às tradições descritas no Livro de Levítico
Cerca de 500 judeus religiosos subiram junto à Esplanada das Mesquitas, ao lado do Monte do Templo durante a celebração de Sucot (Festa dos Tabernáculos) na semana passada. Eles se comprometeram publicamente a construir Terceiro Templo no local, de acordo com o Jerusalem Post.

Proibidos de subir ao monte do Tempo para fazer orações, o movimento este ano quebrou barreiras porque retomou a antiga prática da “libação da água”. A prática é feita desde os tempos do Antigo Testamento, sendo descrita em Levítico 23.

Durante séculos, nessa época do ano, no último dia de Sucot, o toque das trombetas convocava o povo. As pessoas se prostravam nas ruas e assistiam a marcha dos sacerdotes, que partiam do tanque de Siloé com uma vasilha de prata cheia de água. Rumavam com ela até o Templo e a derramavam no altar. Também faziam libações com vinho enquanto oravam pedindo as bênçãos de Deus e chuva sobre a terra.

Desde o ressurgimento de Israel, os judeus fazem um ritual diferente, que se limita ao bairro judeu da Cidade Velha de Jerusalém. Este foi o primeiro ano em que a cerimônia foi realizada tão perto do local mais sagrado do judaísmo.

Entre os louvores que cantaram durante a cerimônia, faziam promessas de reconstruir o templo judaico no local onde estão as mesquitas de Omar e Al-Aqsa: “O Templo será reconstruído. A cidade de Sião será restaurada. Vamos cantar uma nova música e subir [ao Templo]”.

O presidente do Instituto do Templo, o rabino Yisrael Ariel, que participou da marcha, disse que estava satisfeito com a disposição crescente dos israelenses em ver o templo restaurado.

“No passado, só se falava sobre o Muro das Lamentações, mas as pessoas presentes nesta cerimônia, sentem que o Muro é somente uma parada no caminho. O objetivo principal é o Templo. Pode levar tempo, mas é quase um fato agora e ninguém poderá detê-lo”.

Ariel também enfatizou que era importante que os judeus praticassem rituais religiosos junto ao monte do Templo para fortalecer a campanha de reconstrução. “É como uma guerra. Você não pode ir ao campo de batalha sem treinar seus soldados. Você deve ensinar-lhes a doutrina de combate ou então eles perderão a batalha. Sem aprender as regras do Templo, o halachot (leis judaicas), não poderíamos avançar”, assegura.

De acordo com a Associação de Organizações do Templo, cerca de 530 judeus visitaram o Monte do Templo no domingo (8). Para Ariel, isso evidencia o anseio das pessoas em reconstruir o Templo. “Durante o Sucot nos anos passados, três pessoas, talvez cinco, subiriam ao Monte do Templo. Hoje são mais de 500. É óbvio que algo está mudando”, finalizou.



GosapePrime

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