Ilustre visitante 277

Era um dia de inverno e fazia muito frio, chovia muito, durante duas semanas, mal podíamos ver o sol, pois nossa ilha foi afetada por temporais nunca antes vistos em toda a nossa vida.
Os ventos eram contrários e arrasadores, pareciam que não ia parar de chover. Nós fomos informados que foi um tornado euro-aquilão que passou bem perto de nossa ilha. Atos 27:14. Os navios que invernavam nela, eram jogados de um lado para o outro no porto e alguns foram totalmente destruídos, outros ficaram sem danos, entre eles um por nome de “Castor e Pólux”. Atos 28:11
Aquela noite foi a mais difícil, pois nem conseguimos dormir devido o temporal que veio sobre nós. O dia amanhecia e estávamos olhando para a praia, quando de repente:
Um navio totalmente destruído era arremessado de um lado para outro, parte deste navio, a “proa”, estava encalhada e agarrado nos corais e na areia, já a popa nada sobrou.
Pensei: muitas pessoas devem ter morrido e corri até a praia para ver mais de perto.
Para surpresa nossa, todos os viajantes daquele navio se salvaram, umas 276 pessoas. Atos 27:37. Algumas nadando, outras agarrados em pequenas partes da embarcação, só sei que todas chegaram bem à praia. Creio que os deuses devam ter salvado todas as almas desta embarcação. V44.

Corri e chamei a todos os que estavam por perto para abrigarmos e socorrermos todo aquele povo. Atos 27:39. Foi muito emocionante a solidariedade de todos, fizemos uma grande fogueira, pois o frio era demais. Havia um entre eles um homem calvo e de baixa estatura que parecia ser o líder espiritual dos demais, pois todos escutavam o que ele orientava. Este , até nos ajudou a fazer a fogueira ajuntando alguns troncos e gravetos.
Só que aconteceu algo inexplicável e aí começa a nossa historia, pois uma víbora o picou e pensamos, que ele iria rapidamente morrer, mas nada aconteceu. Conhecendo aquela víbora que era muito venenosa me surpreendi, pois nada aconteceu com ele.
Logo concluímos que ele tinha poderes de Deus então percebi que ele era filho dos deuses, pois não tenho visto ninguém sobreviver a tal picada desta víbora. Aproveitei a oportunidade e hospedei-os em nossa casa. Mesmo sem saber como meus parentes iam reagir, mas levei todo aquele povo para minha casa e ficaram lá três dias.
O mais impressionante é que o meu pai estava com febre já muitos dias, nada fazia passar aquela febre e este homem invocou um tal de Jesus, e orando a enfermidade, que havia em meu pai, na mesma hora desapareceu. Dizia ele: Este Jesus está entre nós; então tinha eu errado a conta dos náufragos não eram 276 e sim 277.
Daí nos foi apresentado este ilustre visitante chamado “Jesus” que cura a mais terrível dor e ainda salva garantindo o reino dos céus. Embora não podendo vê-lo, sentimos através dos milagres à presença de Jesus. Percebi que todos daquele navio foram salvos, pois este visitante 277 viajava com eles.
Após o meu pai ser curado daquela enfermidade, mandamos chamar todos os enfermos da ilha e “ todos foram curados” Atos 28:8-10.
Por três meses fomos evangelizado por este líder espiritual, todos da nossa ilha conheceram a Jesus o que fez tantas curas e transformou a história dessa pequena ilha.
Agora entendi porque aquele navio que invernava com insígnia de Castor e Pólux ficou tanto tempo invernando em nossa ilha. Este navio foi a providência de Deus para levar todas aquelas 276 almas. Providência maior ainda, pois deixaram entre nós o mais ilustres de todos os visitantes: Jesus o mesmo que desembarcou naquela manhã fria e chuvosa que nem percebemos. 

Ilustração sobre Públio e como o evangelho chegou na ilha de Malta. Baseada em uma história verídica, relatada em Atos dos Apóstolos capítulos 27 e 28.

*Malta está habitada desde cerca de 5200 a.C., durante o Neolítico (Ġgantija, Mnajdra). Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 a.C. Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal de Malat, o que significa refúgio seguro. Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 a.C., desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.
Por volta do ano 1000 a.C., as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 a.C., foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 a.C.) e depois dos romanos (218 a.C.), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.

*Fonte . Wikipédia.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Malta


Por Josiel Dias

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