Esquerda europeia quer entregar igrejas a islâmicos

Muçulmanos exigem retomar antigos espaços que foram perdidos na Idade Média
“A Grande Catedral de Córdoba” é o maior exemplo de como a esquerda europeia está se rendendo à agenda islamista. O local é visitado por 1,5 milhão de turistas a cada ano. A Unesco – braço cultural das Nações Unidas – declarou o templo religioso de 24 mil metros quadrados patrimônio da Humanidade em 1984.


A estrutura, construída no século X, abriga a catedral da diocese católica romana de Córdoba, no sul da Espanha. O local foi originalmente construído para ser uma mesquita. Em 1236, o rei Fernando III retomou a cidade das mãos dos “mouros”, como eram chamados os islâmicos do califado almóado.

Era sabido que o espaço da mesquita fora anteriormente uma igreja, que acabou destruída na invasão muçulmana da Europa, no oitavo século.

Como era costume na época, o rei reconsagrou a Deus e desde então a catedral tem sido uma casa de adoração cristã.

Por causa do amplo debate sobre a construção ou não de novas mesquitas na Europa, um reflexo do crescimento do Islamismo no continente, em especial com a chegada de milhões de refugiados nos últimos anos.

Uma ala de intelectuais, ligados aos movimentos de esquerda alegam que deveria haver uma “restauração das raízes históricas islâmicas” de certas regiões. Iniciou-se um tipo de campanha para que a catedral de Córdoba voltasse a ser a “Grande Mesquita”.

Eles organizaram uma petição pública, que visava tirar o prédio das mãos da Igreja Católica. Conseguindo reunir mais de 350 mil assinaturas, tentaram forçar que o governo “desapropriasse” o local e entregasse para a comunidade islâmica local.

O governo de coalizão liderado pelos socialistas da região espanhola da Andaluzia, que inclui Córdoba, acusou a diocese de “esconder” a história do edifício. A resposta do conselho da cidade é que a diocese não é legalmente proprietária da catedral. “Os verdadeiros proprietários do espaço são todos e cada um dos cidadãos do mundo”, diz o documento.

O temor é que essa pode ser a primeira de muitas decisões semelhantes, em cortes europeias.

O bispo de Córdoba, Demetrio Fernández González, está buscando apoio internacional dos cristãos para que a expropriação definitiva do local pelo governo seja impossibilitada. Ele cita um relatório da União Europeia sobre a controvérsia, dizendo que tribunal poderia determinar a entrega do local se a diocese não conseguir manter e conservar a propriedade.

O bispo acrescentou que já obteve o apoio do papa se uma batalha legal surgir pelo controle da propriedade.

Segundo o Wall Street Journal, tornou-se uma espécie de obsessão da esquerda europeia “romantizar o passado islâmico”. Os católicos do movimento conhecido como Reconquista, que retomou dos islâmicos porções de Portugal, Espanha e Itália na Idade Média, hoje em dia são classificados como “fanáticos violentos”. Embora haja farta documentação que prove que houve um grande derramamento de sangue dos “infiéis” não islâmicos, o califado é apresentado como um “paraíso de tolerância” religiosa.

A população islâmica da Espanha quase dobrou em uma década, chegando a 1,9 milhões hoje, em comparação com pouco menos de um milhão em 2007.

Os muçulmanos constituem cerca de 4% do país, vivendo principalmente no sul, com forte presença na Andaluzia e na Catalunha. Eles começaram a fazer um lobby no início dos anos 2000 para que a catedral de Córdoba passasse a ser um “espaço de culto compartilhado”, passando a pedir mais recentemente a simples entrega do espaço.

Alguns anos atrás, dois turistas muçulmanos se ajoelharam no chão da catedral e começaram a fazer as orações típicas. Acabaram presos após uma briga que feriu gravemente os seguranças que tentaram expulsá-los.

Desde então militantes muçulmanos de dentro e de fora da Espanha tem patrocinado campanhas eleitorais do movimento de esquerda espanhol, sabidamente anticatólico. Uma vitória nesse embate sobre a catedral, que seria destituída de sua condição de espaço cristão em nome de uma releitura histórica típica do marxismo porá em cheque a liberdade religiosa europeia.

Em especial por que reflete o movimento em pleno desenvolvimento na Turquia, que recentemente reconsagrou ao Islã um famoso local de culto cristão.

GospelPrime

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