REZAR PELOS MORTOS?

Na página da Arquidiocese de São Paulo na Internet encontrei uma explicação do porque deste dia: para rezar por todos os mortos, inclusive os esquecidos pelos quais ninguém rezaria. No mesmo site é explicado que desde o século 11 os papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX “obrigaram a comunidade a dedicar um dia por ano pelos mortos”. Também é informado que o dia 2 de novembro tem sido reservado para este fim desde o século 13.

E o que as Escrituras ensinam acerca da oração em favor dos mortos? Para nós, cristãos evangélicos, a Bíblia é a autoridade maior em relação à nossa fé e prática. A única base bíblica que os católicos apontam para justificar a oração em favor dos mortos é II Macabeus 12:44: porque se ele não esperasse que os mortos haviam de ressuscitar, seria uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Acontece que este livro, sendo apócrifo, não tem autoridade como Escritura. Tanto é que II Macabeus não faz parte do nosso cânon, porque não o faz também para o cânon hebraico.

Assim, para que a oração em favor dos mortos fosse admitida em nossa prática teríamos que encontrar respaldo nos 66 livros da Bíblia, o que não existe. Muito pelo contrário, a Bíblia nos ensina que nada podemos fazer em auxílio de alguém que já morreu. Os romanistas acreditam que através de missas e rezas os mortos são ajudados a deixarem o purgatório e entrarem no céu. A Bíblia ensina que a salvação de uma alma é conquistada através da fé em Jesus Cristo como Senhor durante a vida na terra (Hebreus 7:24-27; Atos 4:12; I João 1:7, 9 e 10, dentre outros inúmeros textos).

A Bíblia ensina com muita clareza que após a morte a pessoa é reservada para o juízo (Hebreus 9:27) e que não há a menor possibilidade de comunicação entre mortos e vivos (Lucas 16:10-31, na parábola do Rico e Lázaro). Ao invés de nos preocuparmos com os mortos, devemos trabalhar para abençoar os vivos, especialmente aqueles que ainda não conhecem o Caminho, a Verdade e a Vida.

Nas palavras de Jesus em Mateus 22:29 encontramos uma explicação para o fato de tantas pessoas praticarem algo tão absurdo como o rezar em favor dos mortos: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.

Por Paulo Rogério Petrizi

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