Notícia sobre pastor que morreu após tentar andar sobre a água é falsa

Versão diz que ele foi devorado por crocodilos
Desde o domingo (14) circula na internet uma notícia sobre um pastor africano que teria morrido devorado por crocodilos enquanto tentava andar sobre a água para provar sua fé.

Como toda notícia falsa, ou hoax, o artigo dá informações vagas e não apresenta detalhes comprováveis. Desta vez trata-se de um pastor chamado Jonathan Mthethwa, da igreja “Saints of the Last Day” [Santos dos Últimos Dias] que viveria no Zimbábue, África.

Uma versão da história diz que um diácono chamado Nkosi, testemunhou junto com outros fiéis o pastor tentar andar sobre as águas de um rio. Ele acabou afundando e sendo devorado por três crocodilos. Nkosi teria dito: “Os crocodilos terminaram com ele em alguns minutos. Tudo o que restou dele foi um par de sandálias e sua cueca flutuando acima da água”.

“O pastor Jonatham Mthethwa se preparou para o feito passando uma semana em jejum. No entanto, na hora de mostrar o milagre ele não se lembrou que o rio Mpmumalanga é infestado de crocodilos e foi devorado em minutos”, diz um trecho da notícia falsa.

O portal Zibabwe Herald, apontado como a fonte original da matéria não a publicou, como pode ser conferido numa busca no site do jornal.Vários sites internacionais publicaram a matéria.

A revista evangélica Charisma fez uma investigação e revela que é tudo mentira. Trata-se de mais um caso de “fake news”. Primeiramente por que não existe uma igreja com esse nome no Zimbábue. Tampouco há registro de um pastor chamado Jonathan Mthethwa.

Em tempos de redes sociais praticamente onipresentes, não existe menção desse nome ou perfil correspondente nem da igreja nem do pastor.

Além disso, o site norte-americano Mashable relatou que a história de um pastor que se afogava ao tentar andar sobre as águas foi publicada orginalmente em 2016, com outros detalhes. Em fevereiro de 2017 ela foi alterada, para incluir os crocodilos e divulgada em um site de “humor” ao estilo do brasileiro “Sensacionalista”.

O relato foi publicado no Brasil como verdadeiro por sites como IG e O Globo.

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