Augutus Nicodemus é a favor de que o povo denuncie a desobediência às leis dos governantes, mas não aceita que histórias da Bíblia sejam usadas como base.
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes foi questionado a respeito das manifestações populares que explodiram em todo o país nos últimos dias contra os mais diferentes motivos, desde o aumento das passagens de ônibus, até a corrupção e os altos gastos do governo com os estádios que sediarão a Copa de 2014.
Na opinião de um dos mais renomados líderes evangélicos, o cristão pode sim participar desses protestos, desde que não se envolva com a depredação e a violência. Em dois artigos escritos no blog “O Tempora, O Mores” ele explica o que aconteceu com as manifestações populares na história do cristianismo e como Deus conseguiu reverter as tentativas de acabar com os seus escolhidos.
O pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil também alerta sobre o perigo que é usar passagens bíblicas para dizer que alguns profetas e até mesmo Jesus estariam envolvidos nesses protestos. “Não há na Bíblia lei contra isto [manifestações], embora haja contra o desrespeito, a violência e a depredação dos bens alheios”, diz.
Os profetas que protestaram no Velho Testamento estavam sob uma teocracia e não em um estado laico como é o Brasil. “Eles protestaram e denunciaram as injustiças sociais porque estas eram contra a lei de Deus que era adotada como lei civil de Israel. O protesto deles era basicamente de natureza religiosa embora com implicações sociais”, explica o reverendo.
Nicodemus Lopes é a favor de que o povo denuncie a desobediência às leis que os governantes cometem, mas não aceita que histórias da Bíblia sejam usadas como base. “Teríamos, então, de protestar contra o adultério, a idolatria, a prostituição, e outros pecados contra os quais os profetas se manifestaram e pelos quais foram presos e mortos”, explica ele questionando se todos estariam dispostos a protestar até mesmo contra a sodomia e o adultério de pessoas públicas.
GP
Eu só acho engraçado os líderes evangélicos se posicionarem a favor de manifestações sociais só quando não gostam do governo do momento. Pergunto onde estavam esses líderes pró-manifestações quando a população foi às ruas contra o governo militar e pelas diretas já. Quando a população saiu às ruas pedindo o impeachment de Collor. Aliás, de que lado estavam na eleição de Collor. Gostaria de saber se esses líderes permitiriam que suas ovelhas fizessem um protesto (pacífico, evidentemente) contra seus sermões insípidos. Gostaria de saber se esses líderes desfilariam, eles próprios, com cartazes contra a pedofilia, durante a visita do "papa" de Roma que ocorrerá em breve. Gostaria de saber se esses líderes que clamam por transparência, se abririam a contabilidade da igreja a todos os membros, e mais, à população em geral.
ResponderExcluirAí sim eu acreditaria.