Padre foi crucificado pelo EI na Sexta-Feira Santa

Religioso era responsável por um asilo no Iêmen
A mídia europeia está noticiando que o líder cristão Thomas Uzhunnali, 56, de origem indiana, foi crucificado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na sexta-feira (26). Ele trabalhava com uma missão católica no Iêmen.

O padre católico indiano fora sequestrado por terroristas ligados ao EI no Iêmen no início deste mês. Como uma forma de ridicularizar a pequena comunidade cristã iemenita, o padre foi crucificado na sexta-feira santa, data que a maior parte dos cristãos do mundo lembrava a Páscoa.

Thomas era responsável por um asilo na cidade de Aden, no sul do país. Segundo relatos, na ocasião, os jihadistas atacaram o local e mataram pelo menos 15 pessoas, em 4 de março. Entre os mortos estavam quatro freiras. No ano passado, a igreja mantida pela missão que ele trabalhava foi incendiada por terroristas que exigiam que os missionários saíssem do país. Eles se recusaram.

De acordo com o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, a Igreja Católica admite que o padre foi torturado e crucificado. Falando sobre os recentes ataques a cristãos no Iêmen (cerca de 0,01% da população), o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, afirmou que o papa Francisco “ficou chocado e profundamente entristecido ao saber destes ato de violência sem sentido e diabólicos”.

As autoridades iemenitas não se pronunciaram sobre o caso, pois o país atravessa uma guerra civil e o governo não tem mais controle sobre parte do seu território. Embora pouco divulgado no Brasil, a guerra no país se desenvolve há dois anos.

O governo russo apoia os iranianos que estão por trás do movimento dos houthis, um grupo islâmico xiita. O presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, fugiu do Iêmen e pediu exílio na Arábia Saudita.

Do outro lado, estão soldados de uma coalizão, que conta com a presença de Emirados Árabes, Catar, Bahrein e Egito. Esses, por sua vez, são apoiados pelos Estados Unidos.

Aden passou a ser temporariamente a capital do Iêmen, após Sanaa (capital oficial) cair nas mãos dos rebeldes, em setembro de 2014. Há registros que grupos radicais como a Al-Qaeda fazem constantes ataques à região de Aden. Eles já haviam pedido o extermínio dos judeus e cristãos no país

Com informações de Daily Mail

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