Recentemente, o clima que já era tenso na Faixa de Gaza, piorou
Ao longo das últimas semanas, a pequena comunidade cristã que sobrevive aos arredores de um dos locais onde acontecem diversos conflitos suspendeu os cultos da igreja.
Hanna Maher é pastor de uma Igreja Batista na cidade de Gaza. A violência e perigo na região tornaram impossível para ele visitar todos os membros da igreja. Com as famílias que não pode estar junto, ele mantém contato via telefone.
Uma fonte da Portas Abertas no local compartilha: "Na semana passada, recebemos um telefonema do pastor Hanna. Ele explicou que considerou manter cultos aos domingos pela manhã durante o período de cessar-fogo. Mas, como o cessar-fogo não foi mantido, ele decidiu que era irresponsabilidade reunir os irmãos na igreja".
O coordenador da Portas Abertas para a região explica: "A igreja e a livraria cristã estão do outro lado da rua de uma delegacia de polícia. Essa delegacia foi atacada várias vezes, por isso é uma área potencialmente perigosa. As autoridades também pediram para que a livraria fosse temporariamente fechada.”
Para incentivar uns aos outros, os membros da igreja organizam reuniões de oração nos lares ou se falam por telefone, quando os serviços de telefonia estão funcionando.
Para alguns cristãos, a ameaça está muito perto de casa. Uma família foi instruída pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) para deixar temporariamente o seu apartamento, já que eles estavam preparando um ataque a uma casa próxima.
Embora os ataques da IDF sejam geralmente muito precisos, erros graves podem acontecer. No domingo, 27 de julho, um ataque mal direcionado tirou a vida de Jalila Ayyad, uma cristã de 60 anos.
Por causa dos conflitos, muitas pessoas perderam suas casas ou foram forçadas a sair. "Se um apartamento é danificado por causa de um ataque, muitas vezes todo o edifício é fechado por medo de um colapso", afirma um cristão local. "Atualmente, mais de 160 mil pessoas não têm casa. Fazemos o que podemos para ajudar, inclusive acolhemos algumas em nossos lares.”
As igrejas têm abrigado refugiados de áreas espalhadas por toda região. Entre os 1,7 milhões de muçulmanos que vivem em Gaza, a comunidade de cerca de 1.500 a 2.000 cristãos é uma minoria.
CpadNews