O limite do que esta sociedade pode crer, de uma maneira geral, é o do menino Jesus e o do bom velhinho.
Naqueles dias em que a gente anda decepcionado por causa do marasmo da igreja de um modo geral, voltava para casa de ônibus, quando passamos pela Avenida Paulista, onde saboreei a rua toda enfeitada do natal, e por toda ela, famílias e gente de todo tipo aglomerada como expectadores dos mais diversos corais natalinos, e entre papai Noel e estrelinhas, ouvimos algumas canções do menino Jesus.
O natal é uma prova contundente de que não basta pregar o evangelho. O natal é um prova contundente de que não basta conhecer a história da salvação, a boa notícia do Evangelho. Neste natal e em muitos outros atrás, o evangelho tem sido pregado em volta do mundo, mas o que vemos é uma parede cheia de buracos, de pregos removidos já em janeiro. Neste mês o evangelho será pregado em todo o país, mas em fevereiro este país cairá na festa da Carne, o Carnaval.
Mas o fato é que esta sociedade crê é no menino Jesus, e não no pai da Eternidade, ela crê naquele menino indefeso, bonitinho, que nos faz amar a nossa família, esquecer de nossos problemas morais, aquele menino que quando ouvimos canções sobre ele dizemos que é uma gracinha.
O limite do que esta sociedade pode crer, de uma maneira geral, é o do menino Jesus e o do bom velhinho. Desconhecem o Príncipe da Paz; não teriam coragem de encará-lo nos olhos se soubessem que este bebê é aquele que veio para julgar o mundo.
Este bebê que conhece os nossos pecados e as nossas motivações mais profundas. Esta sociedade menina não O trataria como um bebê se soubessem que este bebê carregou sobre suas costas a imundície de nossas vidas; Ele que é poderoso para descer ao Hades e perguntar com cinismo e brio: Onde está ó morte a tua vitória?
Ele que venceu a morte e passou pela vida humana de vestes brancas; foi tocado por homens imundos, mas sem o poder de manchá-Lo; tocou em homens imundos, manchando-os com o seu sangue, que os purifica de todo o pecado.
Este é o bebê, que conhecemos sua história como cantigas de ninar, mas que tem as chaves da morte. Um dia esta sociedade infantil ouvirá um anjo poderoso perguntando: Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?, o livro de sua salvação? Procurarão e não encontrarão. Cairão enfim desesperados por não haver ninguém para salvá-los da ira de Deus. Então se verá o filho do homem, vindo sobre as nuvens com poder e glória.
Aquele que os adultos deste mundo tratam como a um menininho, virá como o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, aquele que venceu.
- Não se engane, este menino sobre uma simples manjedoura: Ele é o Rei da Glória!
Por André Filipe - Missionário e pastor, formado pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição
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