Enquanto grande parte das famílias acreanas aguardavam a chegada do ano novo na companhia de familiares e amigos, brindando e degustando uma belíssima ceia, a reportagem do ac24horas decidiu visitar os mais de 600 refugiados, entre haitianos, senegaleses, cubanos e dominicanos abrigados na Chácara Aliança, situada na Estrada Irineu Serra.
Ao chegar ao local, a reportagem do ac24horas foi muito bem recepcionada pelo assessor de assistência social da Secretaria de Direitos Humanos do Acre, Antonio Carlos Grispim, que apresentou as instalações e explicou o funcionamento do local.
Antonio Grispim ressaltou que devido à restrição orçamentária não seria possível realizar um evento, porém informou que os imigrantes têm total liberdade para realizar festejos e atividades culturais.
A reportagem do ac24horas foi convidada a participar das duas atividades ecumênicas, organizada pelos próprios imigrantes, em comemoração a virada de ano, sendo uma pelos senegaleses e outra pelos haitianos.
Senegaleses – Na organizada pelos senegaleses, o evento aconteceu numa pequena mesquita improvisada (cobertura simples), onde os adeptos de Maomé com os pés descalços sentados sobre os joelhos liam o alcorão – livro sagrado do islamismo – , adorando e orando na língua árabe.
Segundo o líder religioso, Abdallah Korne, a virada de ano é um momento de exercitação da fé, leitura e reflexão do livro sagrado e também de agradecimento à vida.
Haitianos – Em outro ponto da chácara, mais de 500 haitianos, na maioria evangélicos, davam início a um grande culto de louvor e ministração da Bíblia Sagrada.
O culto comandado pelos membros da Igreja Assembléia de Deus Santo (Asemblea de Dios Santo), teve início às 20h da quarta-feira, 31 de dezembro e terminou à 01h00 da madrugada de 1º de janeiro de 2015.
Wiloens Merveúes destacou que a cada um dos participantes é dado à oportunidade de dar testemunho, cantar louvores e ler uma palavra bíblica. “Para a virada de ano estaremos trazendo o trecho de Mateus 1.18, que fala do nascimento de Jesus.
Estaremos entrando o ano clamando por nosso povo, pelo Haiti, pelo Acre e Brasil. Temos fé que Deus mudará a nossa história e nos dará um 2015 de muitas oportunidades”, conclui.
Outros poucos refugiados que não tinham preferências religiosas optavam em circular pelo local ou simplesmente dormir enquanto se aproximava a chegada do novo ano.
AC24horas
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