Presidente russo falou que relações entre os países serão afetadas. Ancara disse que aeronave russa invadiu seu espaço aéreo perto da Síria.
O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a derrubada de um avião russo pelas forças de segurança turcas terá graves consequências nas relações entre os dois países.
"A perda de hoje é uma facada nas costas que foi dada pelos cúmplices dos terroristas", declarou Putin em coletiva de imprensa na presença do rei da Jordânia, Abdullah II.
"Certamente, vamos analisar o que aconteceu. E os eventos trágicos de hoje vão ter consequências sérias nas relações russo-turcas", acrescentou.
"Nosso avião, nossos pilotos, não ameaçavam a Turquia", disse ainda.
A Turquia derrubou nesta terça-feira um avião militar russo em sua fronteira com a Síria, no incidente mais grave desde o início da intervenção da Rússia no conflito sírio no fim de setembro.
Ancara afirma que a aeronave violou o espaço aéreo turco. Moscou admitiu que o avião foi derrubado, um caça do tipo Sukhoi Su-24, mas garantiu que o aparelho sobrevoava o espaço aéreo sírio.
Otan convoca reunião
Após o incidente, a Turquia entrou em contato com a Otan, que convocou uma reunião extraordinária de seus 28 representantes permanentes para informar aos Aliados sobre o ocorrido. A reunião deve ocorrer durante a tarde
A Aliança Atlântica afirmou anteriormente que estava em contato com a Turquia a respeito do incidente.
"A Otan segue de perto a situação. Estamos em contato com as autoridades turcas", afirmou a fonte.
Justificativa turca
O primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu, por sua vez, justificou a decisão de suas forças armadas de abater o avião militar russo que, segundo Ancara, violou seu espaço aéreo, ao afirmar que a Turquia tem o dever de fazer de tudo para proteger suas fronteiras.
"Todo mundo deve saber que é nosso direito internacional reconhecido e nosso dever adotar todas as medidas necessárias contra qualquer coisa que viole nosso espaço aéreo ou nossas fronteiras", declarou Davutoglu à imprensa.
O Su-24 caiu no extremo noroeste do território sírio, ao oeste da cidade de Idleb, cenário há alguns dias de violentos combates entre o exército leal ao presidente Bashar al-Assad, apoiado pelos russos, e os rebeldes.
g1
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