Um profissional cristão vale menos que um secular?

Há muitas controversas e polêmicas sobre o valor de cachê para artistas cristãos entre o povo evangélico. Recentemente a cantora...

Há muitas controversas e polêmicas sobre o valor de cachê para artistas cristãos entre o povo evangélico. Recentemente a cantora Aline Barros virou alvo de colunas e jornalistas do seguimento evangélico por causa do valor de seu cachê no período de Réveillon.

É impressionante os comentários e justificativas para se denigrir o trabalho alheio, principalmente um trabalho de anos, como o de Aline Barros. Apenas coloca-se como olho da matéria algo sensacionalista para atrair cliques, mas não oferece conteúdo para que o leitor possa de fato entender o valor real de um artista.

Não estou falando do trabalho religioso, apresentações em igrejas ou ações sociais. Trato aqui do artista em si, para isso, precisamos entender a definição das palavras: “Artista” e “Cultura” que não é Lúcifer, Satanás, Belzebu, Capiroto ou coisa parecida.

Definição de Artista: Quem tem ou exprime o sentimento da arte; Que ama as artes, que tem gosto artístico, sentimento do belo; Pessoa que interpreta uma obra musical, teatral, cinematográfica ou coreográfica.

Definição de Cultura: Ato, arte, modo de cultivar; Lavoura; Aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual); Instrução, saber, estudo; costumes.

No Brasil as artes e os artistas são fomentados por programas do governo e por iniciativas privadas, com ou sem isenção fiscal, formando um mercado de cultura artística onde se organizam eventos para entreter, educar e capacitar a população a uma proposta de pensamento ou entendimento intelectual/cultural do artista em questão.
O que define o valor do cachê?

São muitas as variáveis que compõe um cachê, entre elas: os custos operacionais da apresentação em si; a qualificação do artista que envolve valores interpessoais e intransferíveis, como: talento, habilidade únicas que gerem credibilidade e apreço do público ao seu trabalho; comissão para sua representação de vendas; impostos; seguros e outros afins.
Os artistas seculares

Roberto Carlos, Jorge & Mateus e Ivete Sangalo lideram a lista de artistas brasileiros com cachês mais altos, segundo estimativas dos principais vendedores de shows do país.

Um deles, que ressaltou ser uma “ideia aproximada”, fez o seguinte ranking: Roberto Carlos, R$ 1 milhão; Ivete Sangalo, R$ 500 mil; Fernando e Sorocaba, 350 mil; Gusttavo Lima, 300 mil; Paula Fernandes, 250 mil.

A reportagem pediu um valor médio, excluindo shows de Réveillon, e os contratados por prefeituras e governos, que são mais caros, assim como eventos corporativos.

Propostas com um valor médio, de artistas do secular no valor similar ao da Aline.

Entre esses artistas… quanto vale um profissional “cristão”?

Se o cantor cristão não pode receber um cachê artístico equivalente ao seu potencial profissional, penso que o médico, advogado ou qualquer outro profissional “cristão” deva também ser discriminado por sua fé, não acham? E um jogador ou lutador de MMA? Será que devem receber menos pelo seu rendimento, só para não ser chamado de mercenário?

Enfim… a crítica não tem nenhuma coerência e não faz sentido algum.

GospelPrime

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