Sangue de São Januário não se liquidificou e fieis preveem tragédias em 2017.
O milagre de São Januário, que se repete há 627 anos em uma catedral de Nápoles, na Itália, este ano não aconteceu. O sangue do santo, que é armazenado dentro de um frasco histórico, não se liquidificou, de acordo com os jornais locais “La Stampa” e “Corriere Della Serra”.
São Januário foi um bispo de Nápoles que foi martirizado por volta do ano 305 durante uma perseguição. Seu sangue é mantido em uma ampola de vidro e é aberto em três datas por ano: 19 de setembro, 16 de dezembro e o sábado antes do primeiro domingo de maio. Ele é registrado regularmente desde 1389.
Cardel Crescenzio Sepe, arcebispo de Nápoles, mostra a ampola que contém o sangue de São Januário ao lado do Papa Francisco em março de 2015 (Foto: Alberto Pizzoli / AFP)
Às 19h15 da sexta-feira (17), o monsenhor Vincenzo De Gregorio, abade da capela, colocou a relíquia na vitrine em frente aos fieis. Quando o milagre não se repetiu, ele disse: “Não devemos pensar sobre desastres e calamidades. Nós somos homens de fé e temos que continuar a orar”.
A falha do milagre é uma previsão de tragédias. Ela é ligada a momentos adversos da cidade: a chegada de uma epidemia de cólera em 1973; o terremoto na região de Irpinia, em 1980; o começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939; o ida da Itália à Guerra em 1940; e a ocupação do país pelos nazistas, em 1943.
Em 2015, o milagre se repetiu todas as vezes, inclusive quando o Papa Francisco visitou a capela em março, data em que geralmente o sangue não é aberto.
G1
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